UFS tem dificuldade para identificar origem de substância oleosa

Substância oleosa não é visualizada por satélite (Foto: Portal Infonet)

Especialistas do Núcleo de Petróleo e Gás (Nupeg) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) também estão encontrando dificuldades para identificar a origem da substância oleosa, que atingiu a faixa litorânea dos nove estados da região Nordeste. A equipe do Nupeg continua analisando as amostras do óleo enviadas pelo Instituto Brasileira do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O professor Alberto Wisniewski, do Departamento de Química da UFS e coordenador do Laboratório de Petróleo e Energia da Biomassa (PEB), informa que as manchas oleosas não são visualizadas por satélite, o que dificulta ainda mais a identificação da origem. Ele explica que há uma lâmina de água por cima da substância oleosa, que impede a visualização do produto por meio de satélites.

As observações dos especialistas do Nupeg ratificam as análises feitas por outras instituições e afastam semelhanças entre a substância que se espalha pela região Nordeste e os produtos produzidos no Brasil. “Temos aqui uma repetição do está sendo dito, verificamos que não tem relação com óleos brasileiros”, ressalta o professor Wisniewski.

Os relatórios decorrentes das análises das amostras enviadas ao Nupeg serão encaminhadas para o Ibama, segundo o professor. As amostras ainda passam por avaliações no Nupeg. “Estamos discutindo os dados obtidos para ver se ajudam na elucidação do problema”, comenta o professor. “É difícil identificar a origem em função das características e nem por satélite se tem condições de fazer o acompanhamento”, destaca.

O professor diz que a maior preocupação, no momento, está no combate para evitar que novas manchas surjam no meio ambiente. A substância oleosa já chegou à Bahia e está afetando todos os nove estados da região Nordeste. De acordo com o Ibama, a substância oleosa está presente em 68 municípios do Nordeste poluindo 150 localidades da região litorânea.

por Cassia Santana

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