Vazão de 4000 m³/s em Xingó deverá perdurar até 1º de fevereiro

Usina de Xingó (Foto: acervo Chesf)

A vazão na Usina Hidrelétrica de Xingó, como previsto pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), atingiu seu ápice – 4000 m³/s – nesta segunda-feira, 24 de janeiro, o que gerou a elevação do nível do Rio São Francisco e acarretou na inundação de algumas regiões do Baixo São Francisco, atingindo residências, bares e restaurantes ribeirinhos. A vazão atual, conforme a Chesf, perdurará até o dia 1º de fevereiro.

Em uma carta circular, a companhia informou que a vazão máxima não deve extrapolar a calha principal do Rio São Francisco e destacou que a operação está sendo realizada conforme os padrões estabelecidos pelas regras, diretrizes e restrições vigentes, em especial, para o período de controle de cheias.

“A situação hidrológica está sendo permanentemente avaliada, podendo haver alterações nestes valores em função da evolução das chuvas e vazões na Bacia do Rio São Francisco. Caso as alterações na programação de defluência se configurem, serão previamente comunicadas, com o horizonte que as ferramentas disponíveis possibilitam”, afirma a companhia por meio de uma Carta Circular.

A Chef disse ainda que é fundamental chamar atenção para a importância da não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio, em virtude do período úmido em curso e a possibilidade de elevação das vazões para valores acima de 4.000 m³/s, a depender da evolução do quadro de chuvas na Bacia do Rio São Francisco.

Defesa Civil de Sergipe

Até o momento, conforme a Defesa Civil de Sergipe,  apenas as regiões de prainhas dos municípios sergipanos do Baixo São Francisco foram afetadas. “Apenas os estabelecimentos comerciais e casas das prainhas de alguns municípios, a exemplo de Neópolis e Porto da Folha, foram afetados. A cheia atingiu também o município de Propriá, que apesar de não ter seus bares inundados, suspendeu essas atividades devido à dificuldade do acesso, e o município de Telha, que teve toda a Prainha da Adutora inundada. Mas, apesar disso, houve preservação do patrimônio e da vida”, afirmou o diretor adjunto da Defesa Civil de Sergipe, Capitão Carvalho.

Aumento da vazão

aumento da vazão está ocorrendo desde o dia 12 de janeiro, por solicitação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que declarou regime de cheia na Bacia do Rio São Francisco em virtude das fortes chuvas que ocorreram em Minas Gerais. Em Sergipe, 13 municípios estão em alerta: Amparo do São Francisco, Brejo Grande, Canhoba, Canindé do São Francisco, Gararu, Ilha das Flores, Nossa Senhora de Lourdes, Neópolis, Poço Redondo, Porto da Folha, Propriá, Santana do São Francisco e Telha.

Na última sexta-feira, 21, o município de Telha registrou os primeiros transtornos causados pela cheia do rio. Alguns bares e restaurantes ribeirinhos, além de residências, foram invadidos pela água.

Por Luana Maria e Verlane Estácio

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