Governo busca recursos para restauração do Arquivo

(Foto: Ascom Secult)

Visando a modernização das unidades culturais de Sergipe, o Governo do Estado tem buscado recursos e parceiros a fim de recuperar importantes espaços que fazem parte da cultura sergipana. Um destes espaços é o Arquivo Público do Estado (APES) – localizado no Centro Histórico de Aracaju –, um monumento que teve toda a sua história relacionada com a gestão de documentos da administração pública.

A reforma do APES visa uma completa recuperação e restauração, além de um projeto luminotécnico que dará grande beleza ao local e mostrará detalhes da sua arquitetura. Para a secretária Eloísa Galdino, a recuperação do Arquivo é uma ação prioritária da Secult e que dará início à recuperação de muitas outras unidades culturais.

“O que queremos é transformar nossas unidades em berços ainda mais abrangentes da nossa cultura. O governador Marcelo Déda nos orienta a trabalhar a partir do tripé da cidadania, do simbólico e do valor econômico que a cultura possui, por isso buscamos recuperar estes espaços para que possamos receber um público maior e mais interessado em conhecer a história de Sergipe tão bem guardada naquele lugar”, explica a gestora, que destaca ainda o empenho pessoal do governador nesse processo.

Reforma

O prédio do Arquivo Público do Estado de Sergipe foi construído no ano de 1936 e reformado nos anos de 1965, 1994 e 2002. Passados dez anos da última intervenção estrutural que o prédio recebeu, o local já necessita de melhorias e a gestão da Secult está ciente disso.

Com o novo projeto de intervenção, haverá um completo tratamento dos materiais deteriorados que compromete a estabilidade do prédio, preservando o máximo possível a matéria original, priorizando a reintegração das partes afetadas, só utilizando a remoção, em casos extremos. O valor total da obra é de aproximadamente R$ 877 mil reais.

Na parte estrutural serão substituídas todas as mantas de impermeabilização existentes; serão feitas novas instalações elétricas; revisões das instalações hidráulicas e sanitárias; revisão e recuperação de todas as enquadrarias metálicas; pintura geral; execução de acessibilidade interna, com instalação de um elevador de acessibilidade; execução das instalações de incêndio; entre outros. Após a total restauração, o Arquivo Público resgatará a essência do monumento mostrando a memória cultural da história de Aracaju.

Acervo

Um ponto importante na reforma do Arquivo Público de Sergipe diz respeito ao seu acervo. Há aproximadamente um ano vem sendo digitalizado pela unidade e pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TER/SE), milhares de exemplares do Diário Oficial do Estado. O projeto intitulado como ‘Resgate Histórico’, visa disponibilizar o acervo de Diários Oficiais de 1895 até os dias de hoje para pesquisadores e sociedade civil através da internet.

Segundo Milton Barboza, que é um dos coordenadores do projeto, cerca de 30% do material já foi digitalizado e a meta é que este trabalho seja concluído no final de 2013. “O acesso à informação muito discutido atualmente e à medida que nós trabalhamos com essas informações do Diário Oficial, dando um tratamento a elas no sentido de oferecer condição de acesso a esses documentos é estar permitindo que a comunidade tenha direito a essa informação e fazendo um verdadeiro resgate da memória”, explica.

Além deste trabalho com o Diário Oficial, a direção do Arquivo prossegue com um projeto de organização e digitalização de todo o acervo que se encontra na unidade, um trabalho fundamental para que tantos documentos que contam a história de Sergipe se mantenham intactos e acessíveis para pesquisadores.

“Não podemos falar em modernização de arquivo sem falar de gestão de documentos e gestão administrativa. Um instrumento arquivístico e imprescindível para sistematização da informação, consequentemente do acesso à informação. Todo o processo deve ser acompanhado do profissional de arquivo, utilizando dos instrumentos disponíveis, Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade, um campo multidisciplinar”, destaca o diretor e Arquivista da unidade, Gilson Reis.

Ele ressalta ainda que todo este processo faz parte de requisitos para agir em qualquer arquivo, seja ele público ou privado, e para a seguir, implementar os recursos disponíveis da Tecnologia da Informação ou Gestão Eletrônica de Documentos. “Sem estes elementos e sem o conhecimento do profissional de arquivo, não há segurança de Estado, pois de outro modo, o que se terá é a simples transferência da informação para um sistema eletrônico, um caos gerado e previsível a curto e longo prazo”, argumenta.

Ele lembra ainda que quando a reforma for iniciada, todo o material deverá ser deslocado para outro lugar, garantindo a integridade e o bom estado dos documentos, conclui.

Fonte: Ascom Secult

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