Ambulantes se recusam a deixar calçadas do Centro

Ambulantes se recusam a deixar calçadas do Centro (Fotos: Portal Infonet)

Os trabalhadores ambulantes não pretendem adotar a nova medida de realocação determinada pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Atendendo a reivindicações da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) decidiu que os ambulantes sejam retirados nas ruas e calçadas do Centro da capital e realocados em um espaço determinado no Mercado Municipal Albano Franco. Os trabalhadores não estão satisfeitos com a decisão e já informaram que não vão deixar o local atual de trabalho.

Existem de 300 a 500 ambulantes trabalhando na região do Centro de Aracaju. A informação é do secretário da Associação dos Trabalhadores Ambulantes, Genilson Souza. Ele fala que a recusa por parte dos trabalhadores é devido à inviabilidade da decisão da Prefeitura. “É inviável porque lá não tem vagas para todo mundo. Além disso, quem já está lá, quer sair. Não vale trabalhar no Mercado”, disse o representante da associação.

O representante dos ambulantes já deu o recado: "não vamos sair"

''Decisão injusta''

Para Genilson, a decisão de realocar os ambulantes é injusta. “Como lá não tem espaço pra todo mundo, o que vai fazer com os que não puderem ser colocados no Mercado? E outra: vai tirar a gente do coração do Centro comercial de Aracaju? O Mercado é no Centro, mas querendo ou não, é distante. O consumidor não vai querer ir até lá pra comprar”, disse.

Condições de trabalho

O representante da associação fala que os trabalhadores não concordam de forma nenhuma com a determinação da PMA e manda recado: “Ninguém vai sair daqui. A gente vive disso e não temos condições de mudar agora. Não adianta jogar a gente num espaço, temos que ter condições de trabalho”, concluiu.

Sem motivos

O camelô Neverton Soares trabalha na região do Centro e fala que não entende os motivos para os ambulantes terem que ser deslocados. “A gente não atrapalha ninguém. Quem quer passar na calçada, passa, quem quer passar na rua, passa. Não dá pra entender”, disse o trabalhador.

Neverton fala que sustenta a esposa e um sobrinho com a renda das vendas

O camelô conta que sustenta sua esposa e um sobrinho com a renda das vendas. “A gente já consegue sobreviver do nosso jeito, vendendo aqui. Não podemos sair”, disse.

Emsurb

A Emsurb explicou através de informações veiculadas no site da Prefeitura que a proposta foi elaborada para que a área comercial de Aracaju ofereça mais conforto e menos transtornos aos consumidores, turistas e comerciantes da região.

"Esses comerciantes não vão ser retirados de lá e pronto. O Prefeito João Alves Filho foi bem claro conosco quando definiu que não ia deixar que famílias fossem prejudicadas. Por isso nós vamos oferecer outro espaço no Mercado Municipal Albano Franco, para que o aracajuano possa continuar trabalhando", explica o presidente da Emsurb, Edson Leal.

Por Helena Sader

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