Estudo busca avaliar sistemas de cultivo de ostras no NE

(Foto: Ascom Sebrae)

No povoado Pontal, localizado no município de Indiaroba, pesquisadores estão realizando um estudo pioneiro para avaliar a viabilidade de três sistemas de cultivo de ostras na região Nordeste. O objetivo é descobrir qual o modelo que melhor se adapta ás condições naturais do estuário Piauí-Piautinga e disseminá-lo junto aos produtores de oito estados.

A pesquisa, desenvolvida pelo Sebrae por meio do Projeto Estruturante Aquinordeste, é realizada com distribuição de 55 mil sementes de ostras em estruturas montadas no estuário. Os testes pretendem analisar o crescimento e reprodução das ostras mediante a utilização dos sistemas tradicional, em que as sementes são colocadas em estruturas semelhantes a travesseiros, o flutuante, de origem canadense, e o BST, que é bastante aplicado na Austrália.

O estudo tem duração de 18 meses e está sendo acompanhado por renomados técnicos especializados no setor da aquicultura.  Mensalmente uma equipe visita o local para acompanhar o crescimento das ostras e verificar os índices de mortalidade das espécies. Segundo a gestora estadual do Aquinordeste, Maria Lúcia Alves, os resultados serão divulgados em novembro, durante o Congresso Aquinordeste, em Fortaleza.

“A cadeia da ostreicultura (criação de ostras) ainda não é bem explorada no Nordeste. A região tem um potencial fantástico por conta da grande quantidade de água salobra e esperamos que estudo possa nos ajudar a dinamizar ainda mais a atividade. A ideia é que possamos ter uma ostra diferente daquela que é produzida em Santa Catarina, hoje o principal mercado produtor e consumidor do país, e dessa forma conquistarmos o público”, explica Lúcia Alves.

Análises

Para identificar a viabilidade dos sistemas, os técnicos levam em conta aspectos como mortalidade das espécies, índices de salinidade e nutrientes presentes na água e temperatura do estuário. Após a análise e escolha do sistema mais viável para a criação das espécies, os técnicos pretendem buscar soluções para reduzir o ciclo de crescimento das ostras, que atualmente dura cerca de doze meses. Essa medida ajudaria a reduzir os custos e trazer mais retorno financeiro para a atividade.

Os criadores aguardam ansiosos pelo resultado do projeto e esperam que a descoberta possa dar um impulso á criação de ostras no estado. “ A nossa expectativa é que a ostreicultura possa se tornar mais viável e com isso abrir uma nova perspectiva para todos os criadores. Nossa produção hoje ainda é muito pequena, o que contribui para que muitas pessoas não se interessem pela atividade, mas acreditamos que esse cenário mudará em breve”, ressalta o ostreicultor Tarsis Éder.

Fonte: Ascom Sebrae

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