PNAD Contínua revela que rendimento domiciliar sobe em Sergipe

Fontes de renda são variadas (Foto: Arquivo/Portal Infonet)

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou que Sergipe apresentou alta no rendimento médio domiciliar per capita e que a concentração de renda, medida pelo Índice de Gini, é a maior do Nordeste.

Conforme a pesquisa, o aumento na renda foi de quase 6%, enquanto o Índice de Gini do rendimento médio em todos os trabalhos chegou a 0,548. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) é realizada desde 2012 e tem como objetivo investigar as informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e de outras fontes das pessoas residentes no Brasil.

Levando em consideração a distribuição de renda, percebe-se que em Sergipe, de acordo com a pesquisa no que se refere às classes simples de percentual das pessoas por ordem crescente de rendimento (todos os trabalhos), os 5% com menores rendimentos recebem R$ 96,00. Esse valor representa uma queda de 1,0% em relação a 2017.

Em Sergipe, ainda, a razão entre os 10% com menores rendimentos e os 10% com maiores rendimentos é de 53 vezes em 2018. Sergipe apresenta a quarta maior razão do Nordeste. A maior razão é no Piauí, com 72,3 vezes, e a menor, em Alagoas, com 26,8 vezes.

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita (rendimento médio do domicílio por pessoa) foi de R$ 1.337, em 2018 e de R$ 1.285, em 2017. As Regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores (R$ 886 e R$ 815), e a Região Sudeste, o maior (R$ 1.639). No que diz respeito ao rendimento médio mensal real domiciliar per capita, em Sergipe, verifica-se que entre 2012 e 2018 houve uma queda desse rendimento em 1,5%.

Já em relação a 2017, ocorreu um aumento do rendimento médio per capita domiciliar de 5,9% em 2018. Sergipe é o estado da região Nordeste que apresenta o segundo maior rendimento médio per capita no ano de 2018 (R$ 897). Em primeiro lugar, está o estado do Rio Grande do Norte, com rendimento per capita de R$ 944.

De acordo com a PNAD Contínua, Sergipe possui crescimento de 0,8% em relação ao número de pessoas com algum tipo de rendimento, mas apresenta queda de 0,7% em relação ao rendimento de trabalho. A pesquisa revela ainda que Sergipe apresentou, em 2018, uma população de 2,278 milhões de pessoas, o que representa um aumento percentual de 0,9% em relação a 2017 e de 5,9%, se comparada a 2012.

Considerando apenas a população residente com rendimento de trabalho, a região Nordeste apresentou crescimento de 1,1% entre 2017 e 2018, enquanto Sergipe teve uma queda de 0,7%. Essa queda é ainda maior se a comparação for de 2012 a 2018 (3,9%).

A pesquisa revela também que o estado de Sergipe apresenta o maior rendimento no Nordeste para homens e o 2º maior para mulheres, ficando atrás apenas de Pernambuco. O Nordeste apresenta também a menor diferença de rendimento entre homens e mulheres quando comparado com as outras regiões do país.

Em relação ao rendimento de todos os trabalhos, Sergipe apresenta o maior rendimento do Nordeste. Em relação ao rendimento médio mensal real da população residente, com rendimento a preços médios dos últimos anos, em relação a todas as fontes, Sergipe apresenta o segundo maior rendimento médio mensal real do Nordeste (R$ 1.570), ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte, com R$ 1.603.

Na região Nordeste, o maior rendimento para brancos é de R$ 2.168, em Alagoas. Para pardos, Sergipe tem o maior rendimento, no valor de R$ 1.601. Para pretos, o maior rendimento é de R$ 1.709, também em Sergipe. Em nenhum dos estados brasileiros, pardos e pretos ganhavam mais que brancos.

Quando comparado ao ano de 2017, em Sergipe houve um aumento no percentual de 6,0% no valor do rendimento, mas na comparação de 2012 a 2018, registrou-se redução de 0,4%. Considerando apenas os rendimentos de trabalho, Sergipe apresentou o maior valor da região Nordeste (R$ 1.699).

O Rio Grande do Norte fica em segundo, com R$ 1.673, e Pernambuco em terceiro, com R$ 1.587. O quadro é semelhante quando se considera rendimento de aposentadoria: Sergipe apresenta o maior rendimento, com R$ 1.755, seguido do Rio Grande do Norte, com R$ 1.693, e de Pernambuco com R$ 1.543.

Se comparado a 2012, houve uma redução no percentual de 1,0% no rendimento em relação à aposentadoria em Sergipe, mas em relação a 2017, houve um aumento de 8,8%. O rendimento médio mensal real da população com rendimento, a preços médios dos últimos anos, em relação a outras fontes como aposentadoria, aluguel, programas sociais, pensão, mesada e doação, o Rio Grande do Norte apresenta o maior rendimento com R$ 1.156, seguido de Sergipe com R$ 1.062. Houve uma redução de 2012 a 2018 de 1,3% e um aumento em relação a 2017 de 3,1% em Sergipe.

Brasil

De acordo com a pesquisa, a Região Nordeste segue com menor percentual de pessoas que possuem rendimento de trabalho e o maior com rendimento de outras fontes. Em 2018, no Brasil, havia 207,9 milhões de pessoas residentes, diante de 197,7 milhões em 2012. A Região Sudeste concentrava a maior parte da população (42,2%), seguida das Regiões Nordeste (27,2%), Sul (14,3%), Norte (8,6%) e Centro-Oeste (7,7%).

Assim como em 2012, a Região Nordeste permaneceu com o menor percentual de pessoas com rendimento de trabalhos (36,2%) em 2018 e o maior percentual de pessoas que recebiam rendimentos de outras fontes (28,2%). O rendimento proveniente de outras fontes é composto por aposentadoria ou pensão de instituto de previdência oficial federal, estadual, municipal ou do governo federal, estadual ou municipal; aluguel e arrendamento; seguro-desemprego ou seguro-defeso; pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador; ou outros rendimentos, em que estão incluídos rentabilidades de aplicações financeiras, bolsas de estudos, direitos autorais, exploração de patentes.

Fonte: IBGE

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