Pequenos atletas: o exemplo das crianças que crescem com o esporte

Luiz Guilherme, Lunna Sena e Guilherme Alves (fotos: Divulgação)

Para algumas crianças, o esporte não é mais do que uma brincadeira. Para outras, chega até a ser um aborrecimento. Mas há uma parcela que realmente abraça a causa. Seja por vontade herdada dos pais ou por iniciação meramente casual, essa minoria leva suas modalidades a sério e é recompensada com troféus, medalhas, e, principalmente, com a vivência e o crescimento pessoal que só o esporte é capaz de prover. Acompanhe as trajetórias de três prodígios que, ainda crianças, são exemplos de dedicação e amadurecimento em suas modalidades.

Luiz Guilherme: promessa do karatê (foto: Divulgação)

Escolha certa
A entrada de Luiz Guilherme no karatê não foi diferente da de tantos outros garotos da idade dele. Segundo a mãe, Anaire Souza, Luiz tinha de optar por um esporte na escola – e, aos quatro anos de idade, o garoto optou pela arte marcial japonesa. Hoje, aos 12 anos, Guilherme é um dos atletas mais vencedores do estado em sua modalidade. Heptacampeão sergipano, o carateca também é tricampeão brasileiro e já trouxe medalhas de competições continentais tanto dentro quanto fora do país.

Para a mãe do atleta, o karatê o deixou mais focado. “O esporte deu mais disciplina e compromisso a ele, além de ajudá-lo com vários tipos de sentimentos”. Luiz confirma as palavras da mãe e ainda acrescenta. “O esporte me ensina a ter respeito com o próximo, a lidar com problemas e a evitar confusões”. Fã de Cristiano Ronaldo pela dedicação do jogador à vida de atleta, Luiz destaca que sua vida esportiva, ainda que vencedora, também o exige a lidar com as derrotas. “Às vezes fico triste, mas elas só me motivam a treinar mais”.

Lunna: entre as três melhores do Norte e Nordeste (foto: Divulgação)

Pequena sereia
Quando Lunna Sena tinha cinco anos, seus pais decidiram colocá-la em uma escola de natação por precaução. “Íamos morar em um condomínio com piscina e tínhamos muito medo”, revelou Sheila Sena, mãe da atleta. O que os pais não imaginavam é que a ‘medida preventiva’ faria de Lunna uma das principais nadadoras de sua geração em Sergipe. Aos 12 anos, a jovem atleta é colecionadora de medalhas em eventos altamente competitivos como circuito CVC de natação, troféu Kako Kaminha e em competições dentro e fora do estado – o que a faz ser uma das três melhores nadadoras de sua categoria no Norte e Nordeste.

Orgulhosa, a mãe não tem do que reclamar da relação de sua pequena com a natação. “O esporte levou minha filha a ser disciplinada em tudo que faz, a tornou responsável, preocupada com as outras pessoas. Ela também deixou um pouco a timidez e, principalmente, aprendeu a ganhar e a perder, respeitando sempre os outros atletas”. A jovem campeã complementou as palavras da mãe. “A natação me fez aprender a usar melhor meu tempo para que os treinos e as competições não atrapalhassem meus estudos. Também aprendi a respeitar os outros e buscar sempre melhorar”. Fã do multicampeão americano Michael Phelps, Lunna diz que pretende seguir carreira na natação, e destaca ter aprendido que as derrotas também têm seu lado estimulante. “Fico com mais vontade de treinar para melhorar nas próximas competições e não repetir os mesmos erros”.

Guilherme: ascensão no futsal e primeiro troféu (foto: Divulgação)

Bola cheia
Ele era o craque dos “babas” do condomínio e da escola – até os pais resolverem apostar no talento. Apaixonado por futebol, Guilherme Alves, 9 anos, entrou no time de futsal sub-9 do Baden Powell para ver se sua ginga na quadra do prédio renderia na escolinha. A resposta não demorou: em alguns meses, ele tornou-se um dos destaques do elenco; em mais alguns, virou o capitão; e com apenas oito meses no time, levantou seu primeiro troféu: o de vice-campeão da Copa Microlins de futsal de base, realizada em Estância.

Impressionada com o rendimento do filho no esporte, a mãe Leila Alves não mede palavras para destacar que o investimento deu certo. “Ele era muito tímido e não lidava bem com regras. Mas nesse pouco tempo percebemos que o futsal ajudou muito na socialização e deu a ele noção de trabalho em equipe. Acho que o esporte tem contribuído muito para o crescimento dele como pessoa”, disse. Guilherme também mostrou que o esporte o ensinou a lidar com momentos bons e ruins. “Nessa final em que fomos vice-campeões, a gente até ganhou o primeiro jogo, mas perdemos o segundo. É assim mesmo. A derrota serve de lição para não errarmos no próximo jogo”. Fã de Cristiano Ronaldo, o jovem atleta não hesita em dizer quais são seus planos para o futuro. “Gosto de treinar e de fazer amizades. Quero ser jogador de futebol”.

Por Igor Matheus

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