Serra critica escândalo na Casa Civil

José Serra: “Temos a oportunidade de dar um basta nisso”

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra só chegou no final da tarde desta sexta-feira, 17 ao Aeroporto de Aracaju. Várias pessoas o aguardavam para uma carreata pelas ruas do Centro da cidade. Em uma tumultuada entrevista, o candidato tucano falou sobre os escândalos envolvendo a Casa Civil e o Governo Federal.

Ele destacou entre as suas principais propostas, o fim das casas de taipa em Sergipe, a duplicação da BR-101 e a recuperação do rio São Francisco. Após a carreata ao lado de candidatos dos partidos que o apóiam no estado e de populares, ele viajou para Itabaiana onde o prefeito Luciano Bispo o espera para um comício.  Serra retorna ainda hoje para São Paulo.

Candidato tucano saiu em carreata pelas ruas do Centro
Ao ser abordado sobre o escândalo que culminou na queda da Chefe da Casa Civil, Erenice Guerra [o filho dela, Israel Guerra é acusado de comandar um esquema de lobby na pasta comandada pela mãe],  José Serra foi enfático: “Por meio das eleições nós temos a oportunidade de dar um basta nisso. Nenhum país consegue chegar ao Primeiro Mundo mergulhado em sucessivos escândalos no coração do Governo, na Casa Civil.  Isso não pode ser encarado como algo natural. É preciso ter o compromisso da decência. Basta nomear gente de confiança para evitar escândalos como os de Erenice”, acredita.

Falando das propostas para o Estado de Sergipe, Serra disse que “é preciso terminar essa duplicação da BR-101, que demora 12 anos e ainda não foi feito quase nada apesar de tantas promessas. É preciso se fazer um investimento federal estruturante, grande aqui em Sergipe, como foi feito no Ceará e Pernambuco. Fazer a irrigação e recuperação do São Francisco. O Projeto Xingó, passar para o Governo do Estado e tirar das mãos da Codevasf, que não anda com eles. Outra coisa, eu estou convencido de que pelo seu tamanho, é preciso substituir todas as casas de taipa de Sergipe”, afirma enfatizando ainda o aumento do salário mínimo para R$ 600 e fortalecimento da formação profissional.

Desorganização

Profissionais da imprensa, políticos e populares aguardaram quase por toda a tarde a chegada de José Serra ao Aeroporto de Aracaju, já que a primeira informação foi de que seria por volta das 14h, passando depois para às 16h. Como houve atraso, ele chegou de Campinas, por volta das 17h30. Não foi preparado um local para a entrevista e os repórteres tiveram de correr de um lado para o outro, pois inicialmente não houve a liberação para o acesso ao presidenciável. O fato resultou numa entrevista tumultuada e ao sair da sala de desembarque, José Serra teve dificuldades para chegar até o veículo por conta das pessoas que o cercavam.

Por Aldaci de Souza

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