Diversas categorias da saúde municipal, à exceção dos médicos, realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira, 10, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva, na zona norte, para mostrar insatisfação pela contratação de uma empresa terceirizada para as escalas médicas do hospital e exigir a realização de um concurso público para a saúde municipal.
Os trabalhadores também reclamaram da transferência dos servidores efetivos do Nestor Piva para o Fernando Franco, na zona sul, e outros postos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com Shirley Marshall, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), tal medida é uma afronta. “Tem gente com lotação aqui há mais de 10 anos, e a UPA da zona sul não os comporta. Na verdade, a preocupação foi o anúncio da secretaria de que eles podem ir para qualquer equipamento de saúde, desde que atenda a necessidade da Prefeitura de Aracaju, e não levando em consideração a situação dos servidores. Isso é ilícito, é desvio de função, eles fizeram concurso para trabalhar na rede de urgência”, disse.
Após a polêmica com os médicos no que diz respeito ao vínculo empregatício dos médicos e as duas UPAs da capital sofrerem interdição ética do Conselho Regional de Medicina, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou a contratação emergencial de uma empresa para realizar os serviços de escala médica, gerência e administração. A secretária Waneska Barboza informou que o valor do contrato será de R$2 milhões mensais por seis meses, com a Centro Médico do Trabalhador Ltda.
Na avaliação das categorias, a terceirização trará retrocessos e apresentará um quadro comum. “A Prefeitura de Aracaju não pode delegar a administração pública a um terceiro, isso vai trazer imensos prejuízos à população. De início, parece a solução, mas os repasses às empresa atrasam, e quando isso começar, ela para de prestar os serviços e os servidores não recebem. Não podemos admitir essa instabilidade”, reclamou Shirley.
No Nestor Piva, já foram desinterditadas as clínicas médica e cirúrgica. A expectativa é de que, ainda hoje, seja entregue a escala médica da ortopedia, para que a interdição do setor seja encerrada até a noite.
Coordenação do Nestor Piva
A coordenação do hospital Nestor Piva informou que desde a desinterdição da clínica médica, no último dia 8, já ocorreram 620 atendimentos à população. A coordenadora-geral, Camila Beatriz Oliveira, comentou que até o fim do mês os servidores serão transferidos para o Fernando Franco. “Os servidores são trabalhadores da SMS e cumprem sua carga horária aqui. A realocação será feita em conjunto, não de forma forçada para unidades em que haja necessidade”, comentou.
De acordo com Camila, o diálogo será priorizado nesse processo. “É bom deixar claro que os funcionários vão para o Fernando Franco, Capes ou Unidades Básicas de Saúde”. A discussão acontecerá ainda nesta quinta, 10, entre os servidores, diretoria de Vigilância em Saúde e o setor de Recursos Humanos da SMS.
Por Victor Siqueira
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