Saúde realiza ações na Semana de Controle da Leishmaniose

Referência técnica (RT) da zoonose e arboviroses da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Copevi), Celiângela Lima (Foto: SMS)

Por muito tempo a leishmaniose foi considerada uma doença rural, que não apresentava muitos perigos à população urbana. Hoje, ela vem se alastrando também nas áreas urbanas, inclusive nas grandes cidades. Para combater essa doença e prevenir o aparecimento de novos casos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) desenvolve a partir desta segunda, 6, até sexta-feira, 10, várias ações para a realização da Semana Nacional de Controle da Leishmaniose, em diversos bairros de Aracaju.

As ações têm como objetivo mobilizar e sensibilizar os profissionais de saúde e a comunidade sobre a leishmaniose, intensificando as ações de controle nos bairros de maior vulnerabilidade social e maior prevalência desse agravo. “Nesta semana, promoveremos atividades de educação sobre a doença, nas escolas dos bairros com maior número de casos. Faremos palestras, exibiremos vídeos educativos, entregas de folder e realizaremos coleta de sangue canino para diagnóstico da doença, com apoio do Castra Móvel. Mapearemos os ambientes propícios ao vetor e faremos o controle químico com ação de borrifação de poder residual”, explicou a referência técnica (RT) da zoonose e arboviroses da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Copevi), Celiângela Lima.

Ainda segundo a RT, a leishmaniose visceral, popularmente conhecida como calazar, pode ser transmitida, a cães e a humanos. “No ano de 2017, foram 28 casos confirmados da doença e três óbitos, sendo os bairros Mosqueiro e Santos Dumont, os mais atingidos. Trata-se de uma doença de notificação compulsória, onde o profissional de saúde deve informar à Copevi, ou a própria pessoa pode informar a suspeita da doença. Além das medidas educativas e do exame dos animais, a SMS também realiza ações de erradicação dos vetores em locais de risco. Por isso, os agentes esta semana realizarão visitas, com a coleta de sangue dos cães para detectar se há a contaminação pelo protozoário Leishmania chagasi”, disse.

Após a notificação dos casos da doença, é realizado a investigação de cada um para descobrir o local provável de infecção e, a partir daí, as equipes do CCZ são acionadas para ações de campo, como a ‘borrifação’ na área para eliminar os mosquitos. Em alguns casos, também são montadas, no final da tarde, armadilhas luminosas, que atraem e prendem o mosquito transmissor.

Transmissão

Embora seja uma doença grave, a leishmaniose não é contagiosa e só pode ser transmitida através do mosquito vetor, o flebótomo. Também conhecido como mosquito palha, birigui e cangalhinha. O inseto tem aparência similar às muriçocas, porém é menor e aparece com mais frequência no início da manhã e fim da tarde, principalmente em locais úmidos.

Uma peculiaridade de sua aparência são suas asas: ao pousar, elas permanecem levantadas, diferente dos demais mosquitos. Além disso, o mosquito voa baixo, com movimentos que parecem pequenos saltos.

A transmissão ocorre através da picada do flebótomo, tendo sido registrados, até hoje, casos apenas em cães e seres humanos. Entretanto, a transmissão não acontece diretamente entre essas espécies, ou seja, o cão infectado não contamina o homem, ou vice-versa.

A leishmaniose é uma doença parasitária, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que atinge o interior das células do sistema imunológico e pode se manifestar de duas formas: a leishmaniose tegumentar ou cutânea, e a leishmaniose visceral ou calazar, tipo mais grave da doença.

Fonte: SMS

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