Escolas de áreas violentas recebem ação de pacificação

Acrísio Cruz foi a segunda escola a ser visitada (Fotos: Portal Infonet)

Com o objetivo de minimizar o índice de violência nas escolas e de conscientizar os alunos com relação ao desarmamento, está sendo realizado o Projeto Escolas Promotoras de Cultura de Paz. Como parte da iniciativa, foi realizada nesta quinta-feira, 28, uma visita a Escola Estadual Acrísio Cruz, localizada no Bairro Siqueira Campos.

De acordo com o coordenador do Comitê Sergipano pelo Desarmamento (Desarme-SE), Fábio Costa, esta foi a segunda instituição de ensino visitada, e o projeto ainda irá a 16 escolas localizadas nas áreas mais violentas, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

“Neste projeto nós passamos informações sobre desarmamento, e pedimos não só que as crianças não brinquem com arma de fogo, como também que conscientizem seus pais para que estes entreguem as armas para a campanha de desarmamento”, informou Fábio.

Alunos se apresentaram durante a realização do projeto

O coordenador do Desarme-SE ainda relatou que o projeto de cultura de paz é inédito em Sergipe, e que, em cada visita, serão atingidos cerca de 300 alunos.

“Como continuidade do projeto, além de realizar as demais visitas às escolas, vamos entrar em contato com os comandantes das áreas violentas, e então a Secretaria de Segurança Pública (SSP), junto às instituições de ensino, vai buscar minimizar a questão das drogas e da violência nas redondezas”, acrescentou Costa.

Acrísio Cruz

Para receber o projeto, a segunda escola visitada preparou uma peça teatral para tentar chamar mais a atenção dos estudantes com relação à questão da violência.

Segundo a diretora da Acrísio Cruz, Márcia Ramiro, a realização da iniciativa já está surtindo efeito na escola. “Desde que o projeto chegou, já sentimos a diferença com relação aos alunos, e percebemos até que está existindo mais incentivo aos estudos”, garantiu Márcia.

Para a estudante Beatriz, pais deveriam participar também do projeto

A estudante do 6º ano Beatriz Rodriguez, elogiou a ação, mas alegou que esta deveria ser extensiva as famílias dos alunos. “Acredito que mais iniciativas como essa devam acontecer, e que, inclusive, os pais deveriam participar também”, enfatizou.