Pesquisadores protestam contra exoneração na Fapitec

A exoneração foi publicada no Diário Oficial de Sergipe (Foto: reprodução/ Diário)

A exoneração do diretor-presidente da Fundação de Apoio e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), professor Ricardo Santana, não agradou os pesquisadores que pedem que o governador volte atrás na decisão. De acordo com o pesquisador Dilton Cândido Maynard a decisão do governo de Sergipe deixou a comunidade surpresa. A contratação do novo diretor da Fapitec, José Heriberto Pinheiro Vieira já foi publicada no Diário Oficial.

“A exoneração deixou a comunidade científica surpresa porque o governador não ouviu os pesquisadores. A pessoa que ficará no lugar do professor Ricardo Santana não é conhecida da comunidade científica, não tem um perfil técnico, não conhece o universo da pesquisa. Como pesquisador para que eu participe de um edital é necessário que eu tenha um currículo lattes. E o diretor que ocupará o cargo e analisará os editais não possui o currículo lattes”, fala o pesquisador que aponta os prejuízos de uma indicação politica ao cargo.

“Um cargo dessa importância com uma indicação política é um prejuízo que não dá para ser calculado em cifrões. É um prejuízo e um retrocesso a pesquisa científica em Sergipe. Em São Paulo, fazendo uma comparação, este cargo é ocupado por meio de uma eleição realizada de quatro em quatro anos e em data diferente de uma eleição para governador. O critério é não ter relação política”, destaca.

A convocação de José heriberto Pinheiro Vieira

Os pesquisadores estão mobilizados e pedem que o governador volte atrás na decisão. “Nós esperamos que o governador volte atrás e exonere essa pessoa porque há uma insatisfação por parte da comunidade científica e as pesquisas podem até parar diante do quadro”, observa.

Governo

A assessoria de comunicação da Secretaria de Comunicação Social do Governo (Secom) disse não ter conhecimento de nenhuma mobilização por parte dos pesquisadores e explicou que a exoneração se trata de um critério administrativo.

Por Kátia Susanna