Sobe para 12 o número de pacientes com a bactéria KPC

Segundo a infectologista Iza Lobo, número de casos pode aumentar (Fotos: Portal Infonet)

Subiu de cinco para 12 o número de pacientes [entre infectados e colonizados] com a bactéria klebsiella Pneumoniae Carbapenemase [bactéria KPC]. Os resultados parciais foram divulgados nesta segunda-feira, 8, após exames realizados em pacientes que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Segundo a infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Huse, Iza Maria Lobo, desse total, quatro estão infectados e oito colonizados [têm a bactéria, mas não têm a infecção].

Ainda de acordo com a infectologista Iza Lobo, os números podem aumentar uma vez que na próxima terça-feira, 9, sairá o resultado final dos exames que já foram coletados.

“Na UTI 1 são 4 e o resto na UTI 2. Certamente vai aumentar o número de colonizados até amanhã que é quando sai o resultado final, mas temos mais de 20 resultados que deram negativos e outros suspeitos a confirmar. Essa bactéria [klebsiella] todos nós temos no intestino e faz parte da nossa flora intestinal, só que quando você fica internado em estado grave e toma antibiótico, você faz pressão e seres resistentes emergem como é o caso das bactérias. O importante é que ela é sensível a amicacina e tem tratamento”, afirma.

Riscos

Pacientes da ala verde estão sendo transferidos para o HPM 

Iza lobo ainda ressaltou que essa bactéria ameaça os pacientes colonizados. “O paciente colonizado está em risco de ter a infecção, porque ele está grave e a bactéria está na pele dele. A gente tem que monitorar esses pacientes colonizados para impedir que ele entre em contato com outros não colonizados e possa transferir seja pela mão ou algum material. Por isso, se faz esse bloqueio, colocando eles no isolamento de contato"

A recomendação é para que os profissionais trabalhem devidamente equipamentos, utilizando avental, luva e lavar as mãos constantemente e para a população em geral, que evitem ir ao Hospital de Urgência caso não seja necessário.

Medidas: Transferência

Uma das alternativas tomadas pela direção da unidade foi buscar transferir os pacientes da ala verde para o Hospital da Polícia Militar (HPM), com o objetivo de receber os pacientes da ala vermelha em estado mais crítico e que necessitam de uma UTI. “Uma medida importante foi liberar a ala verde. Tem leitos que estão sendo armazenados no HPM para tirar os pacientes da verde clínica que são pacientes ortopédico e que estão clinicamente bem. Eles vão para a enfermaria do HPM para liberar essa área verde para virar uma vermelha transitória onde é a fonte principal de pacientes graves que vão para a UTI do Huse”, conta.

As UTIs 1 e 2 permanecem sem receber novos pacientes, mas a previsão do hospital é que uma delas seja reaberta ainda essa semana. “Todas as duas permanece fechadas, suspensa de internar até amanhã. Você suspender o leito de UTI se torna uma coisa grave, mas daqui a uns dois ou três dias a gente deva estar liberando uma das UTis”, garante Iza.

Por Aisla Vasconcelos

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