A menos de quatro meses das eleições, os partidos ainda não definiram como dividir o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, estipulado em R$ 1,716 bilhão. O único consenso entre as legendas é que esta dinheirama será insuficiente para custear as disputas majoritárias e proporcionais. Por isso, todos apostam nas doações em dinheiro feitas por pessoas físicas, também conhecidas como vaquinha. Os caciques políticos pensam em usar boa fatia dos recursos com as campanhas majoritárias e para a Câmara Federal, deixando a pão e água os postulantes a cadeiras nas Assembleias. Também é quase certo que alguns partidos vão usar o Fundo para impulsionar campanhas de candidatos investigados na Lava-Jato, gente que não terá muito apoio da sociedade, mas precisa preservar o foro privilegiado. Como se vê, a criação do milionário fundo não sepultará as malandragens políticas, tão comuns durante as campanhas eleitorais.
Tempo de menos
E a presidenciável Vera Lúcia (PSTU) não se conforma que só tenha direito a três segundos no rádio e na televisão para defender as bandeiras do partido. Segundo ela, o problema enfrentado pelas siglas pequenas para sustentarem as campanhas simboliza a “falta de democracia” nas eleições. Pela lei, o tempo de rádio e TV é distribuído com base na representação que os partidos têm no Congresso.
Só agora?
Parecem oportunistas as críticas feitas agora ao ex-governador Jackson Barreto (MDB) pelo deputado federal, pastor Jony Marcos (PRB). Ora, até um dia desses o governo abrigava um bom número de apadrinhados do reverendo, que não economizava elogios ao emedebista. Só agora, após o PRB ter se bandeado para a oposição, Jony descobriu que o governo de JB foi o pior de Sergipe. Marminino!
Não se misturam
A imprensa do Sudeste insinua que o PT e PSB devem se coligar em Sergipe, como parte da aliança discutida nacionalmente pelos dois partidos. Para que isso ocorra, o PT teria que romper com o PSD do governador Belivaldo Chagas e com o MDB de Jackson Barreto. Portanto, diferente do que pensam os coleguinhas do Rio e de São Paulo, é mais provável o PSB e o PT sergipanos sigam em lados opostos.
Queixa de aliado
O deputado federal João Daniel (PT) está por aqui com Rosman Pereira, secretário estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão. O petista postou nas redes sociais lamentar profundamente que o auxiliar do governo “tenha pressionado lideranças do interior a votar em um candidato a deputado federal que votou, apoiou e é conivente com o golpe em curso no país”. Daniel conclui afirmando que o comportamento de Rosman é reprovável. Misericórdia!
Chegou, chegando
E o governador Belivaldo Chagas (PSD) está comemorando o jingle de sua pré-campanha à reeleição. A letra mostra a atuação dele como secretário da Educação e a sua contribuição ao governo do saudoso Marcelo Déda (PT). O ex-governador Jackson Barreto (MDB) não é citado, porém aparece várias vezes nas imagens. Segundo Belivaldo, o jingle “não podia ter chegar numa época melhor”. Então, tá!
Ilustre desconhecido
Até a última sexta-feira, nem mesmo os filiados do DEM conheciam o coronel reformado do Exército, Jorge Husek, pré-candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo demista Mendonça Prado. Um pré-candidato a deputado federal também estranhou a ausência da senadora Maria do Carmo Alves na festa de lançamento da chapa do DEM. Alguém aí conhece o passado político do coronel Husek? Crendeuspai!
Pés na estrada
O governador Belivaldo Chagas (PSD) e a vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino (PT), vão percorrer o estado juntos. A ideia é da petista e visa medir o índice de aceitação dos sergipanos à uma possível candidatura dela a vice-governadora, na chapa encabeçada por Chagas. A proposta para que ambos coloquem os pés na estrada foi feita sábado passado, durante visita de Belivaldo à Eliane.
Risco de despejo
O aluguel do imóvel onde funciona o Centro Administrativo da Saúde está atrasado há quatro meses. Segundo publica no Jornal da Cidade a colega Thais Bezerra, o prédio foi alugado pelo ex-secretário da Saúde, Almeida Lima (MDB), sem nenhuma previsão orçamentária. O “prego” já ultrapassa meio milhão, estando a Secretaria correndo o risco de ser despejada do nababesco Centro Administrativo. Cruz credo!
Proposta condenada
A proposta de destituição da mesa diretora da Câmara de Aracaju desagradou o presidente da Casa, vereador Josenito Vitale (PSD). Defendida pela vereadora Emília Corrêa (Patriota), a sugestão também contrariou a maioria dos parlamentares: “Não sei como uma pessoa que anda com uma bíblia em baixo do braço distribui tanto ódio”, reclama Vitale. Aff Maria!
Recorte de jornal
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Publicado no jornal Folha de Sergipe, em 17 de dezembro de 1908 |
Resumo dos jornais