Nenhuma casa na região foi atingida nem foram registrados feridos. O que ficou machucado mesmo foi o bolso de mais de 300 produtores como o rizicultor Carlos Feitosa. “Só eu perdi mais de 400 sacos de arroz que já tavam [sic] prontinhos pra colher e vender depois. Foi R$ 8 mil de prejuízo e hoje eu tenho A situação é semelhante com Iran Santos. Ele investiu na criação de peixes boa parte do que ganhou em anos de trabalho e disse não saber o que fazer da vida agora que suas 25 mil espécies se misturaram com os peixes de outros produtores e com a água suja do rio Jacaré. A área do perímetro irrigado em Telha delimitava áreas para que cada um dos mais de 300 produtores cultivassem peixe e/ou arroz. Com o deslizamento da barreira de terra, construída Segundo os moradores antigos do lugar, esse foi o maior prejuízo dos cultivadores locais desde 1979, ano em que catástrofe semelhante aconteceu. Para eles, houve negligência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do poder público municipal. “Uma semana antes choveu bastante, todos achávamos que iria acontecer uma tragédias, mas a água do rio não conseguiu invadir. Procuramos a Codevasf e o prefeito da cidade para Procurado pelo Portal Infonet, o prefeito do município, Éris de Melo, disse que ninguém procurou a prefeitura, mas toda a estrutura que a prefeitura possuía foi disponibilizada. “Coloquei trator, uma retro escavadeira, trabalhadores, mas só isso não é suficiente para solucionar um problema desse porte”, fala. Ele ainda revela que também é produtor e teve um prejuízo de R$ 70 mil. Éris conta ainda que a ameaça na estrutura da área do A chuva do último fim de semana fez o nível do rio Jacaré subir tanto que já ameaça a estrutura de uma ponte situada na rodovia Marinete Alves, que liga Cedro à Telha. Por Glauco Vinícius
Há um mês as chuvas não param de causar estragos em Sergipe e na divisa entre as cidades de Telha e Cedro do São João o prejuízo foi milionário. A forte chuva do final de semana fez ceder uma barreira de terra que separava os perímetros irrigados do rio Jacaré e destruiu o cultivo de arroz na localidade e fez com que os piscicultores perdessem juntos mais de um milhão de peixes. Barreira destruída pela força do rio
umas duplicatas para pagar e não sei como”, conta ele, acrescentando que todo o dinheiro que tinha estava investido ali. Seu Carlos lamenta o prejuízo
de forma improvisada para que a água do rio não invadisse a região, o arroz prestes a ser comercializado foi perdido e os milhões de peixes misturados. Iran revoltado com o descaso
que alguém pudesse aumentar a barreira de terra. Ninguém fez nada e aconteceu o que vocês estão vendo”, disse Iran, apoiado por outros produtores que estavam com ele. Comunidade precisa conviver com água
perímetro irrigado foi informada por duas vezes ao Governo do Estado, mas nada foi feito. O prefeito acredita que o maior culpado pelo ocorrido é a Codevasf, cuja assessoria também foi procurada pelo Portal Infonet, mas não foi localizada. Ponte na rodovia Marinete Alves (Fotos: Portal Infonet)
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