A campanha eleitoral que se avizinha terá um lugar comum: ninguém quer o apoio do ainda presidente Michel Temer (MDB). Todos os candidatos farão questão de rejeitá-lo para não perder a simpatia do eleitor. Em Sergipe, alguns parlamentares andaram de mãos dadas com o mordomo de filme de terror, mas saltaram a tempo da canoa furada. Da bancada federal sergipana, quem possui a cara de Temer é o deputado federal André Moura (PSC). Até agora, graças à liberação de verbas federais para as prefeituras, o parlamentar tem surfado altas ondas de popularidade, porém não será assim na hora de a onça beber água. O mantra “fora Temer” vai perseguir André e pesar, sobremodo, no palanque dele, significando a fuga de milhares e milhares de votos. O adágio “diga com quem andas que lhe direi quem és”, será o maior obstáculo no projeto político de André Moura e de todos os candidatos apoiados pelo indigesto inquilino do Palácio do Planalto.
Ou tudo ou nada
O PT sergipano só apoia a candidatura governista se for respeitado e se indicar candidatos nas chapas majoritária e proporcional. A ameaça é de Márcio Macedo, vice-presidente nacional da sigla. Resta saber se, diante da hipótese de Lula da Silva não disputar a presidência, o PT estará com essa moral toda para fazer tanta exigência aos aliados. Quem tudo quer tudo perde!
Paraíso da muamba
Injuriados com o silêncio do governo de Sergipe às suas reivindicações salariais, os auditores de tributos cruzaram os braços por tempo indeterminado. A paralisação fez a festa dos contrabandistas, que estão transportando milhões em mercadorias sem nota fiscal. Enquanto isso, o governo não tem dinheiro nem para pagar a justa aposentadoria dos velhinhos. Uma lástima!
Em campanha
E quem estará em Aracaju, sexta próxima, é o senador e presidenciável Álvaro Dias (Podemos). Vem discutir a campanha eleitoral com os aliados e participar do “Almoço com Negócios” promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Sergipe. O senador concederá entrevista à imprensa antes de falar para os empresários sobre a conjuntura política nacional.
Agora vai!
Os adversários do governador Jackson Barreto (MDB) que se cuidem. Depois que ganhou um cocar e uma lança dos descendentes dos índios Xocós, JB se diz pronto para guerra eleitoral. Quem vai encará-lo na disputa para o Senado? Marminino!
Abaixo e preconceito
Nas eleições deste ano, os candidatos transgêneros poderão utilizar o nome social na urna. Segundo o
Tarcisio Vieira, ministro do Tribunal Superior Eleitoral, “é imperioso adotar medidas que denotem respeito à diversidade ao pluralismo, à subjetividade e à individualidade”. Certíssimo!
Chá de sumiço
Nada como uma acachapante derrota nas urnas para o cabra desaparecer do mapa. Exemplo disso é o dublê de político e empresário Edvan Amorim (PR). Após obter, em 2014, menos de uma cuia de votos para deputado estadual, o moço, que arrotava ser a maior liderança política de Sergipe, botou a viola no saco e escafedeu-se da mídia. Dizem que anda pras bandas de Minas Gerais. Será?
Ela sem ele
A vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino (PT), é sempre citada como o melhor nome para compor a chapa do pré-candidato a governador Belivaldo Chagas (MDB). O próprio Jackson Barreto afirma que ela “é a candidata a vice ideal”. Por trás disso pode estar um projeto para fritar a pré-candidatura de Rogério Carvalho (PT) a senador pela chapa governista. Homem, será?
Vapt-vupt
Um dos grandes problemas de Vera Lúcia, pré-candidata a presidente pelo PSTU, é o pouco tempo do partido no horário eleitoral gratuito: apenas 3 segundos. Existe ainda contra o projeto da sindicalista a falta de dinheiro e de estrutura partidária. Mas nada disso desanima Vera, que já foi candidata a vereadora, vice e prefeita de Aracaju, vice e governadora de Sergipe, além de deputada federal.
Machistas
Nada menos do que 58,5% dos homens concordam totalmente ou parcialmente com a frase "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros". Segundo pesquisa feita pelo Ipea, 42,7% dos entrevistados acham que as mulheres que usam roupas mostrando o corpo merecem ser atacadas. Pior: 63% concordaram que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”. Lastimável que no século 21 ainda se pense assim!
Recorte de jornal
![]() |
Publicado no jornal aracajuano Folha da Manhã, em 23 de dezembro de 1939 |
Resumo dos jornas