Servidores da Embrapa acabam greve e voltam a trabalhar na segunda-feira, 4

Categoria retorna ao trabalho com alguns avanços nas negociações (Foto: André Teixeira/Arquivo Infonet)

Os empregados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) retornam ao trabalho nesta segunda-feira, 4 de julho, após três dias de greve nacional e três dias de paralisação. De acordo com o pesquisador Francisco Elias Ribeiro, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf-SE), os representantes do governo e sindicato se reuniram na quinta-feira, 30 de junho, com algum avanço nas negociações.

No entanto, as principais reivindicações não foram atendidas como reajuste salarial de 10,51%. “A pauta com melhores condições de trabalho, isonomia de benefícios e correção da tabela salarial continuam em negociação permanente”, disse Francisco Elias.

Apesar de os servidores da Embrapa de Aracaju terem decidido pela volta ao trabalho, eles rejeitaram por unanimidade a proposta de Acordo Coletivo da diretoria, pois consideram que não houve sinalização de avanços nas principais cláusulas como o plano de cargo e salário e melhores condições de trabalho, principalmente em relação às pesquisas em campo, que carecem de mão de obra e equipamentos.

Entre as reivindicações dos servidores houve avanço nas cláusulas sociais como a implantação do auxílio aos familiares com filhos com necessidades especiais, aumento da licença paternidade (de cinco para sete dias). Nas cláusulas financeiras, foi acordado aumento de 25% no valor do tíquete-alimentação.

“ Lutamos por melhores condições de trabalho, por um reajuste salarial com ganho real, pois o oferecido pela empresa  não atende às necessidades,  pois a inflação está bem acima disso. Queremos  também  isonomia de benefícios, pois temos colegas que estão desempenhando as mesmas funções e estão recebendo um tratamento diferenciado. Há também a questão da tabela salarial que foi  modificada de forma arbitrária em 2009 sem a participação dos empregados”, complementou o presidente do Sinpaf.

Fonte: Sinpaf