Maiores empresas sergipanas

Os sergipanos possuem três entre as cinco melhores empresas de Sergipe e Alagoas, segundo a publicação anual Desempenho Empresarial — As 5.000 Maiores do Brasil, editada no final do ano passado pela Fundação Instituto Miguel Calmon de Estudos Sociais e Econômicos (IMIC). São duas empresas industriais, a têxtil Nortista e a de minerais não metálicos Planel, e uma do setor de serviços, a distribuidora de energia estanciana Sulgipe. As alagoanas são as indústrias Usina Coruripe e química Profértil.

O critério de avaliação das melhores leva em conta as variáveis rentabilidade em relação ao patrimônio, rentabilidade em relação à receita e crescimento real da receita, além de liquidez corrente e endividamento. Portanto, a melhores não são necessariamente as maiores, mas as que tiveram melhor desempenho geral no ano.

O IMIC analisou os balanços das empresas brasileiras referentes ao exercício de 2003, publicados até julho de 2004. As 5.000 maiores aparecem num ranking de acordo com a receita operacional líquida — faturamento total deduzidos os impostos. Sergipe aparece no ranking nacional com 24 empresas, todas dos macrossetores Secundário e Terciário. Veja quais são as maiores empresas sergipanas e a posição delas no ranking das 5.000 maiores do Brasil e das 500 maiores do Nordeste:

EMPRESAS

(sede)

RANKING BRASIL

RANKING NORDESTE

SUBSETOR

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (R$ milhares)

Energipe (Aracaju)

383

44

Concessões públicas

305.762,00

Deso (Aracaju)

765

80

Concessões públicas

128.807,40

Telergipe Celular — Vivo (Aracaju)

1.087

129

Concessões públicas

84.247,00

Sisa — Sergipe Industrial S.A. (Aracaju)

1.586

197

Têxtil e vestuário

48.310,20

Constâncio Vieira (Aracaju)

1.737

216

Têxtil e vestuário

40.338,40

Sulgipe — Cia. Sul Sergipana de Eletricidade (Estância)

1.994

250

Concessões públicas

30.870,00

Sergas — Sergipe Gás S.A. (Aracaju)

2.036

257

Distribuição de combustíveis

29.590,00

Nortista (Aracaju)

2.170

281

Têxtil e vestuário

25.779,30

Boasafra — JC Barreto (Aracaju)

2.588

320

Química

17.465,30

TV Sergipe (Aracaju)

2.646

328

Comunicações

16.378,50

Samarsa — Cerâmica Santa Márcia (Aracaju)

2.656

332

Minerais não metálicos

16.218,00

Peixoto Gonçalves (Neópolis)

2.757

346

Têxtil e vestuário

14.735,00

Codise (Aracaju)

3.044

388

Concessões públicas

11.032,80

Liquid Carbonic (Laranjeiras)

2.870

396

Química

10.359,00

Cerâmica Sergipe — Cersesa (Nossa Senhora do Socorro)

3.120

398

Minerais não metálicos

10.072,90

Habitacional (Aracaju)

3.373

441

Edificações

7.702,50

Prodase (Aracaju)

3.573

471

Serviços de informática

6.139,00

Guf — Indústria Química e Farmacêutica S.A. (Estância)

3.875

Química

4.140,40

Cosil Hotéis e Turismo (Aracaju)

3.960

Turismo e hotelaria

3.629,60

Planel — Planejamento e Construções Elétricas (Aracaju)

4.063

Minerais não metálicos

3.047,00

Cehop (Aracaju)

4.254

Concessões públicas

2.136,10

Sergiportos (Aracaju)

4.286

Concessões públicas

1.994,50

Fábrica Santa Cruz (Estância)

4.895

Têxtil e vestuário

459,20

Emsetur (Aracaju)

4.948

Turismo e hotelaria

386,70

Fonte: Desempenho das Empresas — As 5.000 Maiores do Brasil (Instituto Miguel Calmon, Bahia, 2004)

 

Notas

  1. O quadro confirma a forte presença do poder público em Sergipe: das 24 maiores empresas sergipanas, seis são públicas e sete são do subsetor Concessões Públicas, além da TV Sergipe, classificada no subsetor Comunicações mas que também é uma concessão pública.
  2. Confirma-se a força do subsetor Têxtil e Vestuário, com cinco empresas dentre as maiores.
  3. Nota-se a presença do subsetor Turismo e Hotelaria, contrariando a avaliação de que o empreendimento turístico é inexpressivo no Estado.
  4. O estudo leva em conta a sede da empresa para definir o Estado onde se localiza. Por isso empresas que estão presentes e são importantes para a economia de Sergipe (Petrobras, Fafen, Vale do Rio Doce, Votorantim etc.) obviamente não são citadas como sergipanas.
  5. Por isso mesmo, sente-se a ausência das Indústrias Alimentícias Maratá (Café Maratá), com sede em Lagarto, como também das construtoras Norcon, Celi e Cosil.
  6. A maior empresa do Brasil em 2003 foi a Petrobras, com uma receita operacional líquida de R$ 76,8 bilhões. A maior empresa do Nordeste e a 9º no ranking nacional foi a petroquímica Braskem, da Bahia, com R$ 7,6 bilhões.

Para efeito de análise comparativa, os estados que não alcançaram o número mínimo de 50 empresas foram agregados a outros da mesma região, por isso Sergipe foi analisado juntamente com Alagoas.

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