Contribuinte deve começar a organizar documentos para declarar IR

Uma das principais razões de retenção da declaração na malha fina em 2006 foi o esquecimento ou a omissão de renda dos dependentes. Muitos contribuintes usufruíram as possibilidades de dedução, mas não informaram o rendimento do dependente. Para que esse dependente não precisasse fazer a declaração de isento no fim do ano, o contribuinte titular lançou em sua declaração o CPF do filho, cônjuge ou outro grau.

Desta forma, pelo cruzamento de dados, a Receita verificou que aquele dependente havia recebido alguma forma de rendimento tributável, caracterizando a sonegação. Como essa informação para os maiores de 21 anos passa a ser obrigatória, deve aumentar o número de informações para a Receita e também aquela que o próprio contribuinte deve ter para concluir a sua declaração.

Por exemplo, ao informar o CPF, é preciso declarar também os eventuais rendimentos do dependente, ampliando a importância de antecipar a coleta de documentos, que aumentam de volume. Recibos médicos, de escola, comprovantes de pagamentos a advogados por uma ação trabalhista, rendimentos do contribuinte e de terceiros, pagamentos, financiamentos, investimentos são algumas das informações que deverão fazer parte da declaração.

Portanto, se a papelada ainda não foi organizada, o contribuinte deve começar a se preocupar com ela, para evitar erros, esquecimentos e omissões que, para a Receita, podem ser sempre vistos de forma fria, impessoal, como sonegação. Além disso, quem entrega a declaração primeiro tem mais chance de receber a restituição nos primeiros lotes.

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