Aterro Sanitário da Estre em Itapevi (Foto: Divulgação) |
Empenhada em ajudar as prefeituras de Aracaju e da região metropolitana a acabar de uma vez por todas com os lixões, a Estre Ambiental, empresa responsável pela Central de Gerenciamento de Resíduos no município de Rosário do Catete, está montando em Nossa Senhora do Socorro, próximo ao entroncamento das BRs 235 e 101, uma unidade de transbordo.
Nesse local, os caminhões de coleta domiciliar vão despejar o lixo recolhido em uma carreta, seguindo todas as normas técnicas estabelecidas, que ficará encarregada de transportar o material para a Central de Gerenciamento, e os veículos coletores não necessitariam ir até Rosário para colocar as 600 toneladas/dia num aterro sanitário licenciado.
Levando os resíduos para esta nova unidade, que deve ficar pronta e com as devidas autorizações de funcionamento em noventa dias, o percurso desses caminhões vai ser reduzido em sete quilômetros, tomando como base a distância percorrida entre o centro de massa de coleta (Praça da Catedral Metropolitana) e o atual lixão do Santa Maria, que são
de 18 quilômetros. Do mesmo centro de massa até a unidade de transbordo são apenas 11 Km.
Com a redução desse trajeto, a Prefeitura de Aracaju também estaria reduzindo as despesas com transporte do lixo recolhido, já que atualmente ela paga R$ 36 para que o material seja descartado num local inapropriado, conforme anúncios feitos pelo próprio Poder Executivo. Utilizando a unidade de transbordo esse valor cai para R$ 22. Para que o
trajeto até a CGR Rosário seja completado serão necessários somente mais R$ 14,85, e no final, a Prefeitura de Aracaju estaria desembolsando apenas R$ 0,85 a mais para transportar os resíduos dos seus cidadãos para um local adequado.
Para não colocar mais lixo no vazadouro do Santa Maria e acabar de vez com o grave problema ambiental que o local representa, o Poder Público de Aracaju utilizaria, por ano, mais 0,35% do orçamento municipal, orçado em R$ 1,2 bilhão. Esse percentual representa R$ 4.286.000,00. Ou seja, para atender de maneira imediata à determinação do
CONAMA, que é de eliminar até 2014 todos os lixões do país, Aracaju faria um investimento anual de R$ 7.488.992,00 (os atuais R$ 3.202.992 pagos à empresa que faz coleta e transporte do lixo, e o restante seria pago para a realização do correto tratamento e destinação do material).
“Não haverá problemas de transporte ou um maior custo para a prefeitura de Aracaju desta forma. Fizemos todos os cálculos tomando como referência o centro de massa de coleta, que para nós é a Praça Olímpio Campos. Deste ponto até o lixão da Terra Dura um caminhão de coleta percorre 18 quilômetros. Desse mesmo ponto de massa até a unidade de transbordo são 11 quilômetros. E do ponto de massa até a Palestina, onde estão querendo erguer o aterro, são 12 quilômetros. Ou seja, dessa forma a prefeitura vai fazer uma economia de sete quilômetros e não vai estar descartando o lixo de qualquer jeito, degradando o meio ambiente”, explicou Pedro Stech, diretor de Meio Ambiente e Tecnologia da Estre Ambiental, frisando que esta seria a melhor saída para a prefeitura de Aracaju ter ganhos
ambientais e oferecer ainda mais qualidade de vida à população.
A amostragem desses cálculos e o anúncio da construção de uma unidade de transbordo foram feitos na última semana de novembro para um grupo de jornalistas e radialistas sergipanos no município paulista de Paulínia, durante visita à Central de Gerenciamento de Resíduos daquela cidade, que é uma das maiores da empresa, que atua também na Colômbia e na Argentina.
Atualmente a CGR Paulínia processa quatro mil toneladas de lixo/dia, oriundos de 33 municípios de São Paulo, principalmente os que estão na chamada Região Metropolitana de Campinas. Existente há 12 anos, a Estre e mais especificamente a CGR Paulínia, foi a responsável pela extinção dos lixões que havia em 25 municípios circunvizinhos, acabando, consequentemente, com 25 pontos de contaminação de água.
Definições inexistentes
Durante a visita técnica, Pedro Stech explicou aos jornalistas e radialistas que não existe aterro controlado, e que este seria apenas um nome menos desapropriado para o famoso lixão, já que neste local não há nenhum tipo de tratamento dos resíduos despejados ou enterrados, e dos seus dois principais subprodutos: o chorume e o gás metano (que é 21
vezes mais poluente que o gás carbônico e um dos principais responsáveis pelos problemas com a camada de Ozônio). Já o chorume, além de poluir o lençol freático é um dos principais causadores do câncer de fígado, segundo as explicações dadas pelo biólogo e atual diretor de Relações Institucionais da Estre, Dirceu Pierro.
A visita técnica aconteceu para que os membros da imprensa sergipana pudessem entender como será o funcionamento da CGR Rosário do Catete, a primeira unidade de tratamento de resíduos do Nordeste, que contará com todo um sistema de produção de combustível derivado do lixo. A CGR Rosário seguirá o mesmo modelo de funcionamento e gestão da que está em atividade em Paulínia e será composta pelas unidades de aterro sanitário, de biogás, de
tratamento de resíduo de líquidos percolados (chorume), de efluentes não domésticos, biorremediação e resíduos hospitalares.
A grandiosidade do investimento em Sergipe também segue as mesmas proporções, principalmente quando levado em conta que o terreno onde está instalada a CGR Paulínia é de 1,2 milhão de metros quadrados, um pouco menor que a área adquirida em Rosário do Catete, que é de 1,5 milhão de metros quadrados. Por enquanto, a diferença fica no
potencial de trabalho.
Enquanto Paulínia tem capacidade para processar cinco mil toneladas de lixo/dia, a unidade sergipana está projetada para 1.000 toneladas/dia, isso porque seu tempo de vida está previsto para aproximadamente 50 anos, o que pode ser até maior, já que a cada dia que passa a quantidade de resíduo final que não é reaproveitada e fica definitivamente no
aterro sanitário é muito pequena. Embora seja muito menor que a capacidade da unidade paulista, processando mil toneladas/dia Rosário estará cuidando do lixo de 16, dos 75 municípios sergipanos, incluindo Aracaju e sua região metropolitana.
Fonte: Ascom Estre Ambiental
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