A ordem e a prudência dos valores das pressões políticas

Pensar em ordem é sem dúvida meditar sobre prudência que nos guia a consciência. A falta desses predicados que atuam sobre os comportamentos tomados na dimensão de grupos políticos ou até na individualidade dos seus membros mostram o quanto estamos longe de alcançar a perfeição na política. Desta forma, os enfoques de pensamentos se dirigem para os objetivos daqueles que manipulam as influências que nada mais são os que fazem política no cotidiano e plantando fake news e contra informações das mais diversas. O objetivo de manipular a opinião pública, está sujeita a uma batalha incessante de propagandas sem obedecer as leis eleitorais.

Por mais que tenhamos um conceito razoável sobre política, a ordem de valores se inverte, devido a prioridade é a busca do poder. Sem ideias profundas e sem ideias bem organizadas, capazes de orientar uma boa política, nasce o que chamamos de um Estado desorientado onde os grupos de interesses, os grupos de pressão, lobbys e opinião pública não sintonizam com os valores éticos e com a ordem/prudência, causando ao eleitorado a ansiedade e o desânimo. O diagnóstico para esse combate feroz nada mais é que o remédio custoso daquilo que pode dar uma hierarquia, uma ordem, uma prudência e um sentido. Os responsáveis por esta aplicação são os magistrados das Zonas Eleitorais, os magistrados do Tribunais Regionais Eleitorais e os magistrados dos Tribunal Superior Eleitoral que devem aplicar a hierarquia prática das leis, entretanto o direito eleitoral sofre mutações horríveis, fugindo do senso comum sem a observância da justiça, pois busca em sua essência interesses meramente pessoais e egoístas.

Nos tempos de pandemia a política ficou mais suja e ofensiva. Não há valores capazes de enxergar os deveres do “ser” público. Na verdade, as virtudes políticas estão desorganizadas e sem harmonia, ou seja, hipertrofiadas onde os grupos de interesses organizam-se com a finalidade de obter vantagens e benefícios, escondendo-se atrás de profissionais da educação, saúde, economia, religião e outros. Comum vermos trocas de ofensas nos “grupos” de whatsApp que acabam saindo da esfera política e partindo para a pessoal de forma tão agressiva que gera processos criminais e indenizatórios. Na semana passada, muito entristeceu-me em ver dois profissionais de auto gabarito se digladiarem ao ponto de irem às vias de fato virtualmente. Triste! Entendo que há pessoas que fazem da ordem/prudência uma armadura de defesa pessoal e isso é que os bons profissionais e políticos precisam fazer, fabricando para si uma espécie de armadura de aço, onde devem se refugiar, e não tolerar que nada nem ninguém interfira com os planos egoístas e cômodos que planejaram. Quiçá, ordem/prudência na política seja uma barricada defensiva para uma política limpa e honesta.

O fato é que a opinião pública é uma forma de controle social que influencia fatores sociopolíticos como os grupos sociais, as classes sociais, as crenças e as fantasias. Encontram-se também calcadas em estereótipos que resultam prenoções e preconceitos sociais, culturais e políticos, resultando inúmeras influências que dirigem e a modelam. Isso nos faz pensar na ordem/prudência material na política onde por vezes nos perguntamos: “Onde estás aquele que ajudei, trabalhei, fui a carreatas e até fiz parte do seu Governo e este não me reconheceu? … “. Verifica-se que a desordem que chamamos de ordem/prudência na política mostra que a política interfere e atrasa o bom desenvolvimento político e social. Por fim, precisamos não esquecer que a ordem, prudência e política está ligada na virtude da honestidade, pois é evidente que poupa trabalhos e desgosto aos que convivem e vivem da política.

Boa semana e que Deus nos abençoe!

 (*) Fausto Leite é advogado, jornalista e professor, pós-graduado em Metodologia da Ciência, Direito Eleitoral, Direito Ambiental, Direito Processual Civil, Mestrando em Direitos Humanos, Mestre em Ciência Políticas e Governação Pública e Doutorando em Direito Constitucional. E-mail: faustoleite@infonet.com.br. Fone: 79 9.9838-8338.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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