Oh, que raiva!

Tem muita gente com raiva, muita raiva!

Penso não ser de mim, mas não tenho certeza!

Meus escritos, incluindo os textos do blogue, com estilo e postilo próprios, incomodam, muitas vezes.

À parte isso, o blogue que assino, não pretende assassinar ninguém, nem vaticinar danações ou condenações.

Cada um deve poder pensar o que lhe assim aprouver.

Anima-me apenas o professar de opinião, a minha!, nem que seja equivocada.

Dito assim, leio em chamadas do noticiário, que um Arcebispo americano ousou excomungar a Presidente da Câmara de Deputados de seu país, Deputada Nancy Pelosi, por sua campanha em favor do aborto.

Se levarmos em consideração a linha das Encíclicas do Papa Pio IX: “Quanta Cura” e sua extensão, o “Silabus Errorum”, hoje foras de moda, o Cardeal está dizendo de sua cátedra que a Eucaristia não rima bem com a Democracia , sobretudo confundindo-a com “Demolatria” , veneta de tudo poder a torto e à vesgo falar, defender, e libertinamente, justo aquilo que a Igreja Católica sempre condenou, enquanto dogma; o assassínio de criancinhas em gestação.

Nesse sentido, talvez por excedente falta de coragem, sobretudo de vasto segmento do Clero, que se omite a partir de Roma, destoou o Bispo americano, afirmando e confirmando que não se deve, jamais, versejar, rimar, bordejar e assemelhar o Sacramento da Eucaristia com os esvaziados fundamentos da Democracia.

No seu pensar em causa non locuta, nem finita, ainda, o Bispo está dizendo a todos urbe et orbi, e a mim, bem distante do seu entorno, que a sua Igreja não é uma Respública, muito menos uma “Res nullius”, essa coisa de todos, devoluta, ou de ninguém, que resta ao sabor refém, da exegese do vulgo e do seu pensar desdém.

No seu pensar, o Epíscopo rejeitou o modal atual de “Lessaiz-penser”, essa mania hodierna de tudo aceitar, aquiescer e até abençoar, em tolerância; consentindo que as vagas tresloucadas do relativismo tumultuem tudo, sobretudo em doutrina da fé.

Houve tempo, é preciso dizê-lo sem temer engatar marcha ré, que se respeitava mais, e melhor, as crenças de cada um.

Nesse sentido, os prelados eram bem mais considerados, por seus convertidos, é claro!

Digo seus convertidos, porque os não convertidos sempre grassaram, como harpias, tentando a tudo roer, e igual à carniça: corroer!

Eu sou do tempo em que perante os bispos e seus maiores, pressupunha-se o genuflexo e o ósculo respeitoso ao seu anel.

Hoje, como tudo é relativizado, tenta-se dessacralizar o pão e o vinho consagrados, o perdão do confessionário ressoa abominado, a Crisma e o Batismo viraram crendices temerárias, espécie de “vacina”, contra o quê, não interessa, porque o sal, mal não faz; nem a unção dos óleos, também o banho de água benta e até o padrinho é um amparo sempre bem-vindo.

Valendo mesmo tudo existir, só para um festejo, coisa assaz comum no humano.

Porque nesse toar, parece-me que foi Gianbattista Vico (1668-1744), nos postulados de sua “Cscienza Nuova” (Ciência Nova), um dos primeiros que ousou estabelecer um estatuto científico para o estudo da História, enquanto ciência dos homens, ou realizada por estes, diferente da Matemática, que tem suas regras independentes da ousadia do pensar macacal, simiesco, do macaco homem, por primata natural, capaz de tudo, inclusive broncas macaquices.

Como entre o céu e a terra, vadeiam e vadiam vãs filosofias, escorrega-se em  maionese dizendo que as ciências teológicas, bem além dos mistérios insolúveis, e seu racional desvendo, merecem ser deslustradas e desprezadas, deixadas ao acaso da descrença, ou seu descaso  mesmo, por indiferença dos homens-avestruzes, os muitos que enterram a sua miúda cabeça, por debaixo do solo e sua razão também, para vencer, e não ver, os vendavais, furacões, e intempéries, fazendo-os transparecer qual simples aragem, de O2, bivalente gás, coisa dolente e bem fugaz, que degrada o Carbono, no  azoto e no ignoto, tendo por cinza no final.

Nada a ver, e a haver também, o azoto com o ignoto e a feia palavra, “escroto”, citada por uma portenha que aqui nos chegou, enquanto festejada cozinheira e mestre-cuca, em sem paladar e mal aos dentes espalitar, por desconforto.

Mas eu não quero me afastar do Arcebispo americano, porque há muita gente que estranhou a sua bula exarada de excomunhão.

Há muita gente que quer fazer a Igreja não ser de Cristo, dos Sucessores dos Apóstolos, para erigir a religião hodierna, sem Deus, Leis e Greis, servindo ao livre professar e violar do que lhe der na telha e vontade.

Quando na Igreja, e só na Igreja, reside a salvação.

– Salvação de que? – Perguntar-me-ão muitos.

E eu não lhes saberei responder, a contento, porque nessas coisa de fé, tem-se ou não.

E a “Salvação” dos cristãos parte do “Mistério de Fé  na Ressurreição de Cristo, sem a qual, “vã é a nossa fé”, como bem firmara Paulo, nascido Saulo de Tarso, o apóstolo dos Gentios.

Uma Fé na qual estou a lembrar os meus “Deuses-Lares”, meu pai, minha mãe, meus avós, mais longínquos, que em mim plantaram, na hagiografia humilde de cada um, e que a não poderei esquecer, porque aguardam por mim, na mesma crença, final esperança, sob a terra comum, que também me espera.

E por que estou eu a falar assim?

Porque a Igreja sempre teve os seus inimigos, dentro e fora de suas paredes, cantos e preces, com ou sem, cepticismo e/ou indiferença.

Esta descrença ilustrada por um racionalismo nihilificante, e nada edificante, que tenta desconstruir tudo pelo nada, em excessiva e própria jactância, e até por excedente e imprópria preguiça, afinal em longo prazo, como alcaloide, opioide ou qualquer droga esquizoide, tudo é vão, tudo vira areia, simples, rasteira, degradação derradeira, por cadeia alimentar: de vermes!

Entretanto, alguns já no seu viver se fazem vermes apenas, o que não é uma coisa somena, de traça sem jaça, porque tudo é criatura de Deus, no cantar de Charles de Péguy (1873-1914), por extensão de seu grande poema “La petite esperance” (A pequena esperança), que bem vale lembrar em releitura: “Que os homens tenham fé – diz Deus – eu não me espanto! Há uma explosão de mim na Natureza… Que os homens tenham caridade, eu não me espanto. Eles são iguais e irmãos, uns aos outros em sonhos e dores… Que os homens tenham Esperança, isso me espanta!”.

Todavia, nesses tempos de agora, o que espanta a mim, e não ao Deus, personagem de Péguy, é não vermos isso ambulantemente ainda, enquanto despojo útil, por derradeiro, nutriente de vermes…

Mas, como eu dizia antes, em retornando a Vico e sua construção progressiva, continuada e até regressiva da humanidade, com rebarbarização ide costumes nclusive: é da natureza de todas as civilizações; o festejo dos nascimentos, dos casamentos e do culto aos mortos.

Não há nenhum povo que não sorria com o nascimento de seus filhos e netos em renovação da vida; que não se regozije com o himeneu casamenticio em cada lar iniciado: e não chore em demasia por seus mortos, tornados santos e “Deuses Lares” de suas preces, quando estou a me apropriar do magnífico poetar de meu amigo, Wagner Ribeiro,em saudosa memória.

Saudosa, sobretudo, por restar lacuna não preenchida na cultura sergipana.

Quanto ao Padre, ao Bispo e aos seus misteres, nunca o Batismo, o Matrimônio e até o Viático derradeiro o serão dispensados aos que palmilham o seu viver numa  demanda contínua em busca da Fé.

A professada nos Sacramentos, ministrado pelo Padre: com o sal, sabor da terra, o óleo que unge as peleias e o genuflexo, refletindo por reflexo, o existir humano…

E se não mais há o beijo do anel episcopal, e seu respeito, é porque os tempos não são de glória.

São tempos inglórios, de muitas escarros por “causa non locuta, e non finita”, ainda.

É a velha desdita soberba, não vencida, nem vincenda, mas, persistente e comum, em todos os tempos, sem novidade, embora todos o saibam e digam:  “que não há nada de novo debaixo do Sol”.

Em outras neologias, e em modernas analogias, propaga-se por contendas moucas, que o grande culpado do mundo ser o que é, é a vil Internet, nova modernidade que se impõe, mas incomoda,.

E como incomoda! Inclusive firmando raiva, muita raiva!, sobretudo da opinião publicada, que imperava sem peias, e hoje se vê rejeitada sem se contemplar anquilosada, por um pensar divergente ao seu, em  opinião ampla, irrestritamente exarada, em conceito verdadeiramente bem mais liberto, e libertino talvez, mas que nunca nesse jaez, viu-se em tão vil prenhez, liberando todos no seu pensar, e até:

aos  “idiotas despertando”!.

E bote aspas em tanta estultice exarada, porque alguém já disse, foi talvez Nelson Rodrigues (1912-1980), em verve confessional própria:  ”Invejo a burrice (e também a idiotice, acrescento eu) porque são eternas”

Mas o pior não é a burrice, nem a idiotia.

O pior é a covardia; o anonimato, daquele que sorri de si e dos outros, soltando sua ventosidade malcheirosa no abafado enclausurado de um elevador.

Porque no elevador, como em qualquer ambiência do existir, nunca é bem-vindo o peidorento asqueroso, que se crê assaz corajoso, em sendo fonte noticiosa, de fofoca, de disse-me-disse, e de denúncia, ventando escondido, desde que bem oculto permaneça na condição obscura pantanosa, sem nome, sobrenome e RG, tudo aquilo que todos o têm, e não deveriam, jamais, esconder.

Mesmo porque, cada computador, celular e laptop tem um IP, que bem o identifica e o localiza.

E tal localização é tão precisa que até uma bomba lhe pode ser endereçada enquanto alvo letal a atingir.

Nesse contexto, que o digam alguns ataques surpresas, via drones, abatendo palestinos indesejados e guerrilheiros persas, pelas inteligências judias e americanas, quando assim o desejam atingi-los precisamente.

Isso dito, só para consignar, que se há algum anonimato no que se faz e se diz hoje na Internet, isso não é verdadeiro em inteira raiz.

Por outra parte, sempre se pode cortar tal cizânia no toco, pela raiz: com bomba, ou sem ela!

Nesse assunto, dizem-me do Google, inclusive, que ali há um localizador geográfico gratuito, que desvenda a localização de qualquer IP de um computador.

O programa pode não ser muito preciso, mas dá para suspeitar de onde vem a pedrada e onde se esconde seu lançador.

É uma questão de varredura, de onda eletromagnética, sensoriamento remoto, coisa de segurança e informações, bisbilhotice necessária, para segurança: quebrando sigilos!

Um perigo! Poder-se-á dizer.

Mas, o que fazer?

A ciência não possui limites.

Nem a ética, infelizmente!

Porque a  ética é ditada pela Lei.

E a Lei, quem a faz são os homens; finitos e limitados.

É quando eu retorno para a raiva. Essa coisa que assalta qualquer um.

Há uma raiva incontida porque entra semana e sai semana, repito, meses e semestres vingando anos inclusive, e o Presidente Bolsonaro vencendo toda a cruzada, contra ele alevantada, não desiste e resiste como candidato festejado, amplamente pelas ruas.

Quantas árvores foram, debalde cortadas, para manchar papéis contra o “capitão de pijama”,,,, só para falar de muito verbo envenenado por amplo cloacal do opinar nacional.

E dos muitos leitores que o instigam e não lhe devem rarear, pois que seus acólitos são muitos. Não lhes faltam leitores!

Aqui mesmo o Capitão veio inaugurar quarenta quilômetros de duplicação asfáltica da nossa BR101, entre Propriá e Japaratuba, uma demanda de décadas!

Disseram-me, e o confirmei em vídeos do YouTube, que o Mito foi ovacionado no caminho, com um nunca  excedente carinho, sem que a nossa imprensa o visse e desconfiasse.

Continuem sem ver. É sua missão: esconder.

 “Eppur si muove!  – como bem poderia repetir  Galileu Galilei, por verdade dos fatos, igual à terra orbitando em torno do Sol!

– Seria má fé? – alguém me pergunta, estranhando o obscurecimento proposital dessa visita de Jair Messias, o Mito?

– Não! Não há má fé! – respondo. É coisa de pouca fé! Não acreditar que ele resista!

Ou de raiva mesmo, porque o “genocida e desmatador” cresce com tal grito esganado, igual a clara de ovo chacoalhado ou massa de amido no fermento adormecido.

Nessa constatação, os  poucos que me acompanham por bom gosto ou simples desgosto, sabem que me ausentei deste espaço por quatro semanas, quase cinco. Deixei que o meu recinto fosse aberto, aqui também, também para o Mito sofresse sem pausa, o descredito de quem o ataca…

Para que lhes externar diferenças?

Que fiquem com raiva, não de mim, por pensar-lhes divergente!

Nesse contexto furibundo, disse uma cozinheira de boa palma, que os “bolsonaristas são burros e escrotos”.

Uma palavra que bem não cabe em nenhum beiço, sobretudo nos lábios, que deviam ser doces, doces lábios de mulher!

– É coisa de sanha hidrófoba! –  faltando talvez à bela, aquele rugir Cerbério, do cão-lobo, tricéfalo mitológico, chamado, “Cérbero”, que gania e roía,… só carne humana!

Cérbero, o cão-lobo raivoso de três cabeças.

No refestelo profano da política e em sua própria e mundana agonia, enquanto moinho de homens e de ideias, o que se pode dizer se o pré-candidato João Dória do portentoso PSDB paulista desistiu da contenda presidencial,  Ciro Gomes, só patina em exuberância self-afirmada, e a terceira via parece se estiolar tentando namorar a Senadora Simone Tebet, da “Bancada Feminina”, pertencente a um MDB, já tido como feudo, em favas contadas, conquistado, por Lula da Silva, este que em outras missões , bem melhor degusta os prazeres juvenis de todo recém-casado?

Eis como a semana termina igual, e a raiva reverbera.

E exaspera!

Bom mesmo, nessa sanha Cérbera, é ser Ministro dos Supremos Tribunais, na rabeira das pesquisas, e sem a ela ligar, querendo assacar o Presidente aclamado pelo povo; justo “essa besta quadrada que só pode ser ‘burra e idiota’”.  

– Oh, que raiva!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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