Parente do Brasil

A morte do ex-vice-presidente José Alencar foi como se todos os brasileiros tivessem perdido um parente próximo e muito querido. Empresário de sucesso no setor têxtil e político com forte atuação em Minas Gerais, José Alencar se tornou conhecido em todo o país quando disputou em 2003 a vice-presidência da República na chapa de Lula. Sua popularidade acontece mesmo quando inicia a brava luta contra o câncer, que o levou a se submeter a 17 cirurgias e um sem número de internamentos. A tranqüilidade como sempre encarou a doença e a vontade de vencê-la o tornaram uma referência entre as vítimas do câncer e ele passou a contar com a incondicional torcida dos brasileiros. Era como se Alencar fosse um membro das famílias. Todos rezavam por sua saúde, torciam por sua recuperação e lamentavam quando ele tinha que ser novamente internado. A luta contra o câncer, que durou 13 anos, acabou ontem à tarde, para tristeza dos mais de 190 milhões de parentes do ilustre brasileiro. Que a terra lhe seja leve.

 

Oportunistas

 

José Alencar ainda nem foi sepultado e já têm oportunistas querendo tirar proveito político de sua morte. Pois não é que a imprensa local veicula hoje notinhas sugerindo que o hipotético Hospital do Câncer seja batizado com o nome do ex-vice-presidente. Ora, senhores, é um absurdo querer homenagear um ilustre brasileiro com uma obra que não existe, não há verbas para a sua construção e tem cara de uma jogada de marketing político. Tudo isso cheira a demagogia, além de ser um baita desrespeito à dor alheia!

 

No estaleiro

 

O presidente nacional do PT, Zé Eduardo Dutra, vai ficar no estaleiro por três meses. Ele deve renovar a licença de 15 dias que tirou depois de ter sofrido uma forte crise hipertensiva. O problema aconteceu quando ele participava de uma reunião da executiva do Partido, em Brasília, tendo sido levado às pressas para o Hospital de Base do Distrito Federal. Enquanto Dutra se recupera, o PT está sob o comando do vice-presidente Rui Falcão, que é deputado estadual em São Paulo.

 

Crítica injusta

 

O deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) foi extremamente injusto ao dizer que o padre Izaias, da Diocese de Propriá, está contra as famílias do povoado Brejão, em Brejo Grande, área considerada como dos quilombolas. Radicado na região há muitos anos, o religioso tem um trabalho sério em favor dos mais necessitados, já tendo, por isso mesmo, sido ameaçado de morte pelos grandes proprietários de terra. É uma pena que, para apoiar os que são contra os quilombolas, Augusto Bezerra assaque contra a honra de um padre humanista, que tem arriscado a vida para defender os oprimidos.

 

Trânsito maluco

 

Boa parte dos motoristas aracajuanos está aproveitando que os pardais e lombadas eletrônicas foram desligados para pisar no acelerador. Por conta disso, tem aumentando o número de acidentes nas ruas e avenidas de Aracaju. Ao meio dia de ontem, duas colisões na ponte da Coroa do Meio e na Avenida Delmiro Golveia, próximo à Saman, causaram um grande congestionamento. Porque alguns preferiram circular a mais de 60 km/hora, centenas de pessoas ficaram dentro dos carros parados por quase duas horas.

 

Sem energia

 

A duplicação da rodovia João Bebe Água, entre a ponte do Rio Poxim e o conjunto residencial Eduardo Gomes, não foi inaugurada ontem porque faltou energia no local. O governador Marcelo Déda (PT) e comitiva ainda esperaram um pouco, mas como a escuridão perdurou, o evento foi adiado. Antes, Déda entregou oficialmente a rodovia SE-466, ligando a sede de São Cristóvão ao povoado Rita Cacete. A nova estrada foi batizada com o nome do falecido ex-prefeito Zezinho da Everest.

 

Novo comando

 

O engenheiro agrônomo Manoel Hora Batista assumiu ontem o cargo de diretor-presidente da Empresa de desenvolvimento Sustentável de Sergipe (Pronese). “Estou chegando para somar e dar continuidade às ações já desenvolvidas por este órgão, alinhadas com as diretrizes do Governo estadual”, discursou Manoel Hora. No mesmo ato, também assumiu a nova diretora de Operações do Pronese, Marta Maria de Souza Leão Vasconcelos.

 

Sacanagem

Vejam que sacanagem: nos dois primeiros meses deste ano, o Samu aracajuano contabilizou 3.927 trotes. Se comparado com os 5.891 atendimentos realizados no mesmo período, o número de falsas ligações é alarmante. “Geralmente as ligações identificadas como trotes são feitas por crianças e procedem de telefones públicos próximos a escolas”, revela a coordenadora geral do Samu, Waneska Souza. Por conta do alto índice de falsos chamados, muitos atendimentos a casos de emergência demoram a acontecer e podemos até deixar de salvar uma vida.

Ensinando o bê-á-bá

Duas cartilhas com orientações para que presos e presas conheçam seus direitos e deveres foram lançadas pelo Conselho Nacional de Justiça. As cartilhas contêm orientações simplificadas para que o próprio preso busque a garantia de seus direitos, com informações sobre como fazer um habeas corpus, como conseguir o auxílio-reclusão para a família e como calcular a progressão da pena. Também adverte sobre as conseqüências de comportamentos graves, como não voltar à prisão após permissão judicial para saída em feriados ou cometer faltas disciplinares.

Do baú político

 

Apesar da virulenta campanha da Igreja Católica contra os comunistas, as eleições de 1946 em Sergipe foram as que apresentaram os melhores resultados para o Partido Comunista Brasileiro. Embora não tenha conseguido eleger Luiz Garcia (UDN), candidato que apoiou para o governo estadual, o ‘Pecebão’ deu uma expressiva votação aos comunistas Iêdo Fiuza e Luiz Carlos Prestes, respectivamente, candidatos à Presidência da República e ao Senado, além de ter conseguido eleger Armando Domingues para a Assembléia Legislativa. A anacrônica Igreja Católica fez de tudo para impedir que os sergipanos votassem nos candidatos comunistas ou naqueles apoiados pelo ‘Partidão’. O bispo Dom José Tomás Gomes chegou a distribuir nota, que era lida nas Igrejas, ameaçando de excomunhão o eleitor que votasse nos “comedores de fígados de criancinhas”. A reação dos ‘papa-hóstias’ prejudicou o candidato udenista ao governo, Luiz Garcia, que foi derrotado por José Rollemberg Leite (PSD), mas não impediu a eleição de Domingues e as consagradoras votações obtidas em Sergipe por Iêdo Fiúza e Luiz Carlos Prestes.

 

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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