Reajuste em conta gotas

Na tentativa de acabar a greve dos professores, o governo decidiu pagar parceladamente o reajuste do piso salarial da categoria. Alega não ter recursos para atender a demanda de uma só vez e por isso vai dividi-la em oito parcelas iguais a serem pagas a partir de setembro para parte dos educadores. A proposta apresentada ontem pelo governador Marcelo Déda (PT) aos deputados deixa claro a inexistência de uma política salarial no governo. Por conta da ausência dessa ferramenta, todos os anos os servidores precisam fazer greve para obter algo a mais do que lhes é oferecido. As categorias mais organizadas, como professores e policiais, terminam conseguindo alguns avanços, mesmo que pagos em conta-gotas, enquanto a turma da administração geral tem que se contentar com a mísera correção da inflação. Uma lástima!

Sem ajuda

Os prefeitos que esperavam uma ajudazinha do governo para as festas juninas tiveram uma péssima notícia. O governador Marcelo Déda (PT) informou ontem que não há como patrocinar os festejos juninos municipais, pois não existe dinheiro nem para atender as reivindicações salariais dos servidores. O petista disse que apenas o ‘Arraiá do Povo’, na Orla de Atalaia, está garantindo, mesmo assim o período de realização da festa foi reduzido. Antes era o mês todo, mas agora o ‘Arraiá’ terá duração de apenas 15 dias. É feia a coisa!

Reajuste em debate

Os policiais civis se reúnem amanhã para discutir o reajuste salarial de 5,7% concedido pelo governo. A assembléia está marcada para as 15h, no auditório da Academia de Polícia Civil. A categoria está engasgada porque enquanto todos os servidores tiveram direito apenas à correção da inflação, o governo deu um aumento real de 5% aos delegados. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, ao agir desta forma o governo do PT contribuiu para aprofundar a desigualdade na categoria.

Voltou atrás

A Companhia Estadual de Obras Públicas (Cehop) decidiu cancelar a venda de 118 lotes comerciais em Socorro. Em nota pública, a estatal revela que a decisão foi tomada em função de questionamentos feitos em torno da licitação. Os participantes que já fizeram a caução receberão o dinheiro de volta.

Hotel fechado

O setor turístico sergipano ficou surpreso com a notícia de fechamento do Dioro Santa Luzia Resort, na Barra dos Coqueiros. O dono do empreendimento, Edison dos Santos, promete reabri-lo em novembro totalmente reformado e com todas as dívidas sanadas. Segundo ele, nos últimos anos o hotel lhe causou um prejuízo de quase R$ 12 milhões. “Nossa dívida com fornecedores ainda é de R$ 1,8 milhão”, afirmou o empresário. Por conta do fechamento do hotel, 210 trabalhadores perderam seus empregos. Lamentável!

Acionista

O governo de Sergipe é acionista minoritário do Dioro Santa Luzia Resort. O governo de João Alves Filho (DEM) entrou com cerca de R$ 6 milhões na compra do empreendimento, o que representou na época 30% do montante. Hoje, a participação acionária do Estado é de apenas 22%. O fechamento do hotel depois do estrondoso prejuízo deixa claro que o governo fez um péssimo negócio. Pior é que quem pagou essa brincadeira foi o contribuinte. É mole?

Ameaça de morte

Uma técnica da Secretaria municipal de Assistência Social e Cidadania está sendo ameaçada de morte por telefone. A moça, que tem sem nome mantido em sigilo, é responsável pelo levantamento de famílias que ocupavam área irregular em Aracaju. Ontem, o secretário Bosco Rollemberg foi à Superintendência da Polícia Civil pedir proteção para a servidora. Nos últimos dois meses, a Prefeitura realizou ações intensas que resultaram na remoção de 1.005 famílias das áreas de risco. Entre as invasões desocupadas estão as do Arrozal, Quirino e Água Fina.

Caixa aberta

O deputado estadual Zezinho Guimarães (PMDB) fez ontem um longo discurso na Assembléia para apresentar os números de sua gestão à frente do Sebrae Sergipe. O peemedebista tomou a iniciativa depois que o líder da oposição, Venâncio Fonseca (PP), disse que ele só defende o governador Marcelo Déda (PT) com medo que este abra a caixa preta do Sebrae no tempo em que ele era superintendente. Zezinho fez questão de demonstrar com números que deixou o Sebrae saneado financeiramente.

Pé de orelha

A presidente da Assembléia, Angélica Guimarães (PSC), convocou uma reunião com todos os deputados. Será na próxima terça-feira e o objetivo é parar uma série de arestas entre os parlamentares. Conversa de pé de orelha foi convocada depois que alguns deputados andaram se desentendendo publicamente, como aconteceu outro dia com Venâncio Fonseca e Zezinho Guimarães.

Do baú político

Em agosto de 2007, ao deixar da Prefeitura de Pirambu após empossar o interventor Moacir Santana, o governador Marcelo Déda (PT) foi muito aplaudido pelos populares que lotavam a praça. Confiante com o apoio popular, ele foi cumprimentar as pessoas, ouvir reivindicações e receber tapinhas nas costas. Uma mulher, daquelas bem despachadas, aproximou-se de Déda e passou a elogiá-lo, principalmente a sua beleza física. Minutos depois, quando conversava com algumas crianças, o governador voltou a ser elogiado, agora em voz alta, pela mesma senhora: "Êta homem bonito. Era um desses que eu queria ter". Rindo muito, Déda levantou a mão esquerda e, mostrando a aliança de ouro, tentou acalmar a fã: "Moça, eu sou casado". A resposta veio na lata: "Mas não é capado".

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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