A campanha política virou uma comédia
Um grupo de jovens e conhecidos empresários sergipanos, alguns lideranças de classe, conversavam sobre a comédia em que se transformou a campanha eleitoral em nosso Estado. A primeira, segundo o grupo seria a ameaça de secar o Rio São Francisco, caso seja feita a transposição, com a conseqüente falta de água em Aracaju.
Para isso ocorrer, segundo um deles, que também é engenheiro, primeiro iria faltar energia em quase todo o Nordeste, uma vez que a Hidrelétrica de Xingo também não teria água. A segunda piada foi a doação de 470 milhões de dólares “por uma organização da ONU”, a OMF.
Como mentira tem perna curta, logo se descobriu que a tal OMF não tem nada a ver com a ONU e jamais teria capacidade para mobilizar esse montante de recursos. “O divertido foi assistir a uma senhora, presidente da OMF, dizendo no programa eleitoral que o dinheiro só viria se dr. João fosse eleito”, dizia um deles.
Centro de lançamento de foguetes? É possível…
Mas o auge do anedotário foi atingido semana passada, quando dr. João convocou meio mundo de gente para, no Palácio e com toda a pompa, anunciar que um “grupo estrangeiro”, mantido em segredo, irá construir uma refinaria em Sergipe para processar óleo vindo da África e vender os derivados na Europa.
“Essa foi demais! A continuar assim, na semana que vem o dr. João poderá anunciar a construção de Centro de Lançamento de Foguetes na Barra dos Coqueiros, em parceria com a Nasa, garantindo a primeira utilidade para a ponte Aracaju/Barra”, disse outro, provocando risada geral. No final, um deles indagou: “E se tudo isso, ao invés de uma comédia, se transformar em uma tragédia?”. Bom, aí se fez um silêncio total.
Por Ivan Valença