Caso Ademir: Sinpol defende policial e pede provas de suposta autoria

Ademir Melo foi morto em julho de 2016 no momento em que fazia um caminhada no bairro Luiza, em Aracaju (Foto: SSP)

O Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol/SE) se manifestou por meio nota acerca dos desdobramentos do júri que inocentou o réu de ter sido o autor dos disparos de arma de fogo que resultaram na morte do delegado Ademir Melo. Durante o julgamento, o réu afirmou que um policial civil, que já faleceu, e um delegado, estavam envolvidos na morte de Ademir.

Em nota, o Sinpol diz que segue acompanhado de maneira atenta o caso, defende o policial citado e cobra provas contundentes sobre o que foi relatado no Tribunal de Júri e nos meios de comunicação.

“O agente de Polícia Civil Ademilson da Conceição (in memoriam), conhecido pelos amigos como “Rastafari”, em toda sua carreira, prestou relevantes serviços à Segurança Pública de Sergipe, e desta forma, é imprescindível que sua honra seja defendida com necessário rigor. Ainda mais que o caso em questão segue em andamento e a acusação feita ao agente público foi leviana e inconsequente, sem ser apresentado qualquer indício ou prova por quem fez as alegações, seja no Tribunal do Júri, seja nos veículos de imprensa”, resume.

Ainda segundo a nota, o Sinpol diz defender o direto a ampla defesa, mas destaca que é necessário respeitar a memória do agente que não está mais aqui para se defender.

“Por fim, o Sinpol/SE ressalta seu respeito a todos  os órgãos e instituições democráticas, o Estado Democrático de Direito, assim como, defende que a verdade seja totalmente esclarecida e que não mais seja utilizado o nome de quem não mais está aqui para se defender, apenas como forma de defesa em favor daquele que tem um histórico criminoso forte, contundente e que, de acordo com as provas técnica contidas nos autos, demonstram claramente toda a dinâmica dos atos que culminaram na morte prematura (criminosa) do gente Ademir Melo no ano de 2016”, finaliza a nota.

Menções ao policial civil e delegado serão apuradas pela SSP 

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) anunciou no dia 15 de agosto que investigará as menções quanto à participação de um policial civil e de um delegado no assassinato do delegado Ademir Melo, ocorrido em 2016. As informações vieram à tona durante o Júri Popular, no qual o réu Anderson de Souza, que havia sido indiciado pelo crime, foi inocentado. Em nota divulgada à imprensa, a SSP disse que o secretário João Eloy de Menezes determinou ao delegado-geral, Thiago Leandro, que seja instaurado um inquérito policial no âmbito da Corregedoria de Polícia Civil para esclarecer informações repassadas à imprensa logo após o Júri Popular sobre a morte do delegado Ademir Melo.

Entenda o caso

O delegado foi morto a tiros no dia 18 de julho de 2016 durante uma caminhada no bairro Luzia, em Aracaju. O acusado, o motoboy Anderson de Souza, confessou o crime e chegou a participar da reconstituição dos fatos. Algum tempo depois, ele alegou que era inocente e optou por permanecer em silêncio, justificando que a atitude seria necessária “para preservar a própria integridade física”. Mesmo assim, ele foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

O caso teve uma reviravolta quando Anderson de Souza foi a júri popular e acabou sendo absolvido do crime. Ele indicou um policial civil como autor dos tiros e um delegado como mandante do crime.  A SSP , por meio de um vídeo gravado pelo delegado Wanderson Bastos, manteve a tese de latrocínio e classificou a tese apresentada pela defesa do réu como “leviana, irresponsável e desrespeitosa”.

por João Paulo Schneider 

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