Consultora de etiqueta mostra duas opções para a mesa da ceia de Natal

Serviço de Buffet é melhor opção para jantar informal (Equipamentos e decoração gentilmente cedidos pela Festalito)
Toda a cidade “respira” Natal: shoppings, lojas do centro comercial e residências já entraram no clima e pelo menos em termos de decoração, em todos os pontos, não deixa nada a desejar. É agora que vem outra preocupação: como montar a ceia natalina? Dúvidas surgem aos montes: o que servir, como servir, como se portar à mesa no caso de um convite para uma festa badalada, entre outras.

Pensando nisso, o Portal Infonet conversou com a relações-públicas e consultora em etiqueta Denise Rambo. Autora do livro ‘Etiqueta – Manual Básico de Comportamento’, ela traz várias dicas de como transformar a noite de Natal em um evento especial. Assim ela explica, primeiro, como montar dois tipos de ceia: a informal, com serviço de buffet (conhecido como à inglesa), e um estilo de ceia mais requintada, conhecida como à francesa.

Buffet

Disposição da mesa e dos talheres deve priorizar conforto dos convidados
Denise explica que o segredo para que tudo dê certo é planejamento e organização. “Se a pessoa optou por uma ocasião mais informal, que é mais prática, pode-se compartilhar tranquilamente com os convidados o que será servido na ceia”. O importante, acrescenta, é que os todos se sintam à vontade.

A noção do número de convidados é importante, sobremaneira, para definir a posição da mesa e a disposição do que será servido. Denise aconselha que os convidados tenham dois acessos, pois se a mesa for encostada na parede pode gerar aglomerações. Pode-se, ainda com a mesma intenção, duplicar o número de travessas e talheres.

Denise mostra como deve ser mesa para jantar à francesa

Ela instrui que ao escolher a toalha da mesa é bom observar se ela está com o tamanho adequado. “Não pode estar demasiadamente comprida, para não enrolar nos pés das pessoas, e nem curta demais. Uns 30 cm de caimento para os lados são adequados”, indica. O tecido pode ser de cor única, no caso de usar enfeites típicos, ou com motivos natalinos. Nesse caso, o ideal é que os pratos sejam brancos. “Pode-se usar arranjos de flores naturais, velas, guardanapos grandes decorados e, ainda, enrolar os talheres com uma fita verde ou vermelha”, acrescenta.

Denise é enfática ao recomendar o que não se deve servir: “Buchada, por exemplo, pratos muito líquidos e comidas pesadas”. Cerveja, refrigerante, água de coco, ponche, champagne e espumante podem ser servidos tranquilamente. “Se a pessoa for repetir, ela pega outro prato limpo e se serve”, aconselha.

Jantar à francesa

Denise diz que o jantar à francesa pode sair mais caro, mas é mais sofisticado

No caso de um jantar mais íntimo e requintado o processo muda quase de forma drástica. No serviço à francesa, por exemplo, se pensarmos em uma ceia para seis ou oito pessoas, podem ser quatro tipos de copos, oito tipos de talheres e três tipos de pratos e guardanapo de tecido. “Por ser mais requintada, mais sofisticada, a montagem da mesa pode sair mais cara. Se a pessoa já tiver alguns itens, como talheres, copos e sousplats [espécie prato que serve como apoio para outros; seu uso não é estritamente obrigatório], aí fica mais barato”, explica.

Recomenda-se que a toalha da mesa e os guardanapos sejam do mesmo tecido. Todos os aparelhos devem ser colocados a 3cm da borda da mesa. Além disso, os talheres devem ficar voltados para cima; o guardanapo é colocado em cima do prato, ou à esquerda dos talheres. Copos e taças ficam mais acima do prato, do lado direito, enfileirados em diagonal: na primeira taça será servida água; na do meio, vinho tinto; a menor de vinho branco e a de champagne fica entre essas duas.

No restaurante

Talvez nenhuma das festas de fim de ano seja em sua casa. Se você recebeu um convite, ou preferirá levar a família para passar a noite de Natal ou Réveillon em um restaurante mais sofisticado, também é bom ir preparado. Denise enumera os vícios do comportamento à mesa: “Gesticular com os talheres enquanto conversa, limpar a boca com a língua, usar palito de dentes, falar ao celular demoradamente e, ainda, esquivar-se de pagar a conta quando esta for dividia entre um grupo”.

Ela refuta, entretanto, a idéia de que é brega juntar mesas quando o jantar é para um número maior de convidados. “É inconveniente se o grupo conversa falando alto”, ressalta. Na chegada ao restaurante é sempre bom procurar o maitre, avisar a quantidade de pessoas e dirigir-se à mesa. “Coloca-se o guardanapo no colo, antes mesmo do alimento chegar. Usa-o antes de beber algo e, ao terminar a refeição, coloca-o displicentemente ao lado esquerdo do prato”, recomenda.

Ainda ao terminar a refeição, dispor os talheres ao lado direito do prato, na posição diagonal dá ao garçom a orientação para retirada do prato. “Não precisa chamá-lo e ele, quando chegar á mesa, nem vai perguntar se deve levar”, acrescenta Denise.

Com a mão se pega apenas o pão de entrada e, com ela em formato de concha, ou com garfo, retira-se o caroço de azeitona da boca. “O certo é colocar o caroço ou espinha de peixe em um canto do prato”, diz. Denise aconselha, ainda, que apenas no banheiro é que se deve limpar a boca, os dentes e, no caso das mulheres, retocar a maquiagem. “Para chamar o garçom, o correto é fazer um sinal com a cabeça, enquanto ele estiver olhando para a pessoa, ou chamá-lo pelo nome. Nuca se deve chamá-lo com ‘psiu’, ou chiados”, finaliza.

Por Diógenes de Souza e Raquel Almeida

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