Defesa Civil realiza trabalho de orientação no período de chuva

Major Mendes diz que trabalhos são intensificados no período de chuvas
A Defesa Civil está realizando, desde o mês de novembro, um trabalho de orientação para prevenir a população em relação aos riscos de desabamento das encostas e morros.

Segundo o diretor da Defesa Civil do Estado, Major Mendes, o está snedo feito nos municípios sergipanos de maior vulnerabilidade. “Procuramos orientar as coordenadorias municipais, no sentido de realizar uma atividade junto à comunidade, para que estas não sejam pegas de surpresa, a exemplo das cidades de Laranjeiras e Maruim”, relatou o major.

Segundo Mendes, existe um trabalho também de parceria com o Centro de Meteorologia (Cemese/Semarh). “Qualquer fenômeno, buscamos emitir um alerta para a comunidade, e através da coordenadoria dos municípios as pessoas são orientadas”, explicou.

Nicanor Moura afirma que população é orientada
Quando questionado em relação às chuvas de granizo, que aconteceu na segunda-feira, 11, em cidades como Canindé do São Francisco e Poço Redondo, o major foi preciso ao informar que nenhum alerta foi emitido. “Infelizmente, esse não é um problema só de Sergipe, mas de outros Estados também. Não temos como precisar a intensidade das chuvas, nem se vai cair granizo ou não”, informou.

Defesa Civil Municipal

Na capital sergipana, aproximadamente 15 localidades foram mapeadas como áreas de risco. “Todos os anos, a partir do mês de novembro,

População corre risco nas encostas dos morros
os trabalhos são intensificados junto à comunidade. Orientamos e pedimos a contribuição das pessoas no sentido de não habitarem as encostas, ou se perceberem algo fora da normalidade, que abandonem o local imediatamente”, explicou o Coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Nicanor Moura.

Segundo o coordenador, o trabalho é realizado em parceria com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), além da Secretaria Municipal de Serviço Social, Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e Centro de Meteorologia. “Sem dúvida o ideal seria retirar todas essas pessoas das encostas, mas esse não é um trabalho rápido. A prefeitura inclusive já vem realizando esse tipo de serviço”, pontuou

Moradora vive a nove anos no local
Nicanor pontuou também que áreas como Morro do Avião, no Bairro Santa Maria, Bairro Cidade Nova e Bairro América, são localidades mais críticas. “As chuvas de verão são as mais preocupantes, até porque chegam com maior intensidade do que no período de inverno”, esclareceu.

A População

Segundo a moradora do “Morro do Avião”, Maria Guiomar, que mora há nove anos no morro, existe um trabalho de orientação por parte dos órgãos competentes. “Nessa época eles falam para a gente ter cuidado, com as crianças por causa das doenças com ratos, porque a casa enche de água e lama, que cai de cima do morro”, informou a moradora.

André diz que não tem para onde ir
Maria Guiomar, também informou que alguns moradores do local irão receber as casas construídas pela prefeitura, para que desocupem as encostas. “ Eu e mais umas nove pessoas já fomos visitar as casas, parece que dessa vez vamos sair daqui”, falou sorridente a moradora, que vive com seis filhos e uma neta, em um barraco construído de madeirite e lona.

Já o morador André Messias Santos, 25 anos, nunca recebeu orientação por parte da prefeitura. “Moro aqui nessa casa há uns quantro meses, mas minha mulher já vivia aqui a muitos anos, nunca teve ninguém por aqui”, relatou.

O morador também informou que está desempregado e que a família não tem para onde ir. “O jeito é morar aqui mesmo, não temos jeito a dar. Aqui quando chove é uma destruição total, muita lama, bicho e mato e o pior de tudo é o risco do barraco ser levado”, comentou André.

Quem também afirmou não ter conhecimento de trabalho realizado por parte das autoridades competentes, foi a moradora do morro, Gisele Messias Santos. “ Nunca vi ninguém por aqui, já morei do outro lado do morro, e nunca soube de nada, nem dessas casa que eles vão dar”, finalizou Gisele.

Por Alcione Martins e Carla Sousa

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