Famílias das Mangabeiras começam a ser notificadas para deixar local

Noticação foi entrege no início desta semana a famílias (Foto: Enviada por morador)

As famílias que moram na invasão das Mangabeiras, no bairro 17 de Março, começaram a ser notificadas para deixar o local até o período entre 20 a 24 de julho, quando será executada a ação de retirada dos barracos da invasão. A Prefeitura de Aracaju encaminhou equipes para notificar os moradores da comunidade e, assim que ocorrer a derrubada dos barracos, a obra para construção de um conjunto habitacional com 1.100 residências será iniciada.

O aviso de despejo, no entanto, tem gerado um conflito na comunidade. De acordo com Claudemir, morador da região, a maior parte das famílias recebeu um encaminhamento para requerer o aluguel social enquanto aguarda a construção das casas, mas outras famílias apenas receberam a ordem de despejo, sem direito ao aluguel social. “São famílias que não têm para onde ir. Essas que não receberam o encaminhamento, não vão sair”, afirma.

Famílias não contempladas alegam que não vão deixar o local

A justificativa da Prefeitura é de que algumas famílias invadiram a área das Mangabeiras após a realização do cadastro das famílias que serão beneficiadas com as residências. “Nós realizamos o cadastro das famílias que moram ali em abril de 2019. Até mesmo aquelas pessoas que não estavam em casa por motivo de trabalho, na época, tiveram até maio para entrar no cadastro. Enviamos todos os dados para o Ministério do Desenvolvimento Regional e a Caixa Econômica, para andamento do processo para construção das residências. Na época, o cadastro reuniu 836 pessoas”, explica Rosária Rabelo, diretora de Gestão Habitacional de Aracaju.

Já neste ano, segundo Rosário, após o prefeito anunciar a construção das 1.100 casas, algumas famílias invadiram a área com o objetivo de pleitear residências. “São novos invasores, que não estão cadastrados e não poderão ser contemplados por esse programa de agora, porque os prazos já correram. Ainda assim nós recolhemos informações sobre elas para cruzar os dados e identificar quem são e se já possuem residência”, complementa, afirmando que foi observado pela Prefeitura 214 novos barracos no local.

As famílias que terão direito ao aluguel social, terão que alugar casas e apresentar os documentos no CRAS de referência para poder receber o auxílio. A Prefeitura não informou qual será o destino das demais famílias que não estão contempladas com o cadastro.

Por Ícaro Novaes

*A matéria foi editada às 16h53 do dia 23/06/2020 para corrigir informações enviadas pela PMA
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