A Fundação Renascer abriu procedimento administrativo para apurar a conduta dos agentes de segurança socioeducativa durante a última tentativa de fuga ocorrida no dia 1° deste mês no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam). Em nota enviada ao Portal Infonet, a assessoria de imprensa esclarece que a Fundação Renascer quer identificar o motivo que levou os agentes a não utilizarem os equipamentos de proteção individual e sprays de gengibre que estavam disponíveis para evitar embates físicos.
Naquela tentativa de fuga, dois agentes ficaram feridos e foram conduzidos ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Conforme explicações da Fundação Renascer, os equipamentos de proteção ficam disponibilizados nas unidades socioeducativas para que sejam utilizados apenas em casos de conflito. Esses equipamentos deveriam ter sido usados naquela rebelião, segundo a ótica da Fundação Renascer. As investigações já foram iniciadas através de sindicância interna, conforme a nota.
Criminalização
A confusão ocorreu na noite do dia 1º no Cenam, a partir de uma tentativa de fuga registrada na Ala 7, no momento em que os agentes tentavam transferir um interno. Houve resistência e os internos teriam agredido os agentes com arma de fabricação caseira e barras de ferro.
O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Socioeducativa (Sindasse), Clichardson Hipólito, reagiu à investigação, observando que a Fundação Renascer estaria tentando criminalizar os agentes de segurança que compõem o quadro efetivo [que ingressaram no serviço público mediante aprovação em concurso público].
O sindicalista garante que os agentes deixaram de usá-los por falta de equipamentos. “Os materiais estão danificados e os pouco que restaram foram recolhidos por ordem do gestor”, ressaltou o presidente do Sindasse. “Não é verdade o que a Fundação Renascer diz. Eles não têm como provar que o material existe nas unidades”, assegura.
O presidente informou que o sindicato está ingressando com ação judicial contra o gestor da Fundação Renascer. Ele responsabiliza a gestão, inclusive, pelo acidente ocorrido em uma rodovia no ano passado envolvendo uma viatura da Fundação Renascer. O veículo transportava um adolescente que participaria de uma audiência no município de Canindé do São Francisco. No caminho, o veículo capotou. O condutor, segundo o presidente do sindicato, morreu e um outro agente saiu ferido e ficou com sequelas. Situação, segundo o presidente, provocada por suposta negligência da Fundação Renascer.
Tentativa de calúnia e difamação
A Fundação Renascer nega a negligência. Conforme a assessoria de imprensa, o acidente teria acontecido em um dia chuvoso e que, na oportunidade, o veículo teria derrapado. “Toda a assistência foi dada ao motorista e ao socioeducador, que ficaram internados no HUSE, vindo o motorista a óbito quase dois meses depois”, destaca a assessoria.
Na nota, a assessoria esclarece que o acidente foi investigado, descartando a possibilidade de ter ocorrido uma tentativa de fuga naquele episódio no trajeto para o município de Canindé do São Francisco. Conforme a assessoria, o gestor da Fundação, Wellington Mangueira, “tomará as medidas judiciais cabíveis contra qualquer tentativa de calúnia, difamação ou culpabilização sobre atos já investigados e comprovadamente inverídicos”.
por Cassia Santana
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