Jatobá:Mancha continua se espalhando e chega a quase 2km

A mancha de óleo na Praia de Jatobá avançou e toma cerca 1,9 quilômetros de faixa de areia (Foto: Adema)

Analista da Adema falou sobre o caso (Foto: Portal Infonet)

A mancha de óleo na praia de Jatobá avançou e já toma cerca 1,9 quilômetros de faixa de areia. O avanço é resultado do fluxo da maré. Em consequência disso, o trabalho de limpeza, que estava previsto para encerrar amanhã, 18, será prolongado por tempo indeterminado.

A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) convocou uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 17, para explicar o caso. “Primeiramente, a Petrobras encaminhou [para a Mosaic] a água que serve para dissolução do minério com uma concentração muito alta de material oleoso”, explicou Benjamin Reis, analista ambiental do órgão. A água é despejada ao mar, por meio do emissário da Mosaic. Entretanto, a empresa só percebeu o problema quando o material já havia sido lançado.

Mesmo com a limpeza da área pela Petrobras e da Mosaic, a paralisação do emissário da Mosaic e a fiscalização diária da Adema, o poluente continua avançado. “Isso ocorre por causa da maré que lança e retorna com o material e aumenta a área de contaminação”, alertou o analista.

O alerta também é para que a população não utilize a região para banho. “Há vários riscos para a saúde porque o óleo entra em contato com a pele. Também pode ocorrer ingestão da água poluída”, disse Benjamin.

Entenda

Um vazamento de óleo foi registrado neste sábado, 14, na Praia do Jatobá, na Barra dos Coqueiros, litoral Norte de Sergipe. Inicialmente, cerca de 700 metros de faixa de areia haviam sido comprometidos.

A Petrobras informou que verificou suas operações marítimas em Sergipe e não encontrou anormalidade. A empresa frisou ainda que a origem do óleo e as causas do problema serão investigadas e que os órgãosfiscalizadores foram informados da ocorrência.

A Mosaic disse, por meio de nota, que está comprometida com a limpeza e a identificação das causas do incidente, e que juntamente com a Adema e a Petrobras, continua monitorando a área, principalmente a movimentação da maré, para avaliar a necessidade de realização de novos esforços de limpeza.

A Adema continua trabalhando com foco na identificação do tipo de poluente, nas áreas afetadas e nas ações tomadas pelas empresas envolvidas. Elas receberão autos de infração e notificação pela gravidade do crime ambiental causado. O Portal Infonet entrou em contato com a Petrobras, que informou estar apurando o caso. Também tentamos falar com a Mosaic, que reforçou que "segue empenhada para a total resolução da situação o mais breve possível e reforça seu compromisso com funcionários, comunidades e meio ambiente nas regiões onde atua".

Reunião

Após a coletiva, a Adema convocou uma reunião do Plano de Área de Sergipe com representantes de órgãos ambientais, Petrobrás, Capitania dos Portos e instituições ligadas ao Meio Ambiente. De acordo com a assessoria de Comunicação da Adema, a reunião teve o propósito de levantar um plano de ação para atuar em situações emergenciais, como a ocorrida no último sábado. Segundo a assessoria, "a reunião foi provocada pela Adema visando um maior envolvimento de todos em episódios desta natureza. A Mosaic, mesmo sendo convocada a participar da reunião, não compareceu", informou. Já a Mosaic Fertilizantes disse que não foi notificada para participar.

por Jéssica França

A matéria foi alterada às 12h36 para acréscimo de informações disponibilizadas pela Assessoria da Adema e às 10h25 do dia 18 de março para incluir posição da Mosaic

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