Polícia trabalha com três versões para morte de bebê em Areia Branca

Douglas Raeli, suspeito de ter matado o filho de quatro meses (Foto: SSP/SE)

A Polícia Civil, durante coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, 11, revelou que trabalha com três versões para o caso do bebê de quatro meses morto na terça-feira, 9, no município de Areia Branca. Segundo a polícia, o pai do bebê e principal suspeito do crime – encontrado morto hoje, 12, na cela da delegacia de Itabaiana onde estava preso – negou ter arremessado o filho contra parede, admitindo apenas ter cometido uma agressão involuntária ao bebê durante uma discussão com a mãe da criança.

Douglas Raeli, tinha sido preso na noite desta quinta-feira, 11, no município de Aquidabã, e teria admitido a polícia não gostar da criança, fruto de um relacionamento extraconjugal, por achar que ele era uma ameaça para seu casamento. “Ao ser preso, ele admitiu uma agressão involuntária, mas diz que não matou a criança, que estava sendo preso injustamente, que isso era uma armação da mãe, e dizia que queria se matar. Pelo que notamos ele não sabia que a criança tinha morrido. Pelas imagens das câmeras de monitoramento ele chegou em casa (em Itabaiana) tranquilamente, saiu para trabalhar no dia seguinte normalmente e depois que recebeu a ligação da mãe da criança, e após ser acusado por ela, fugiu, e em nenhum momento tentou se entregar, pelo contrário, fugiu”, conta o delegado Hilton Duarte.

Delegado Hilton Duarte afirma que três versões foram apresentadas (Foto: Infonet)

Outra versão é do irmão do bebê, uma criança de 8 anos. Segundo a polícia, ele diz ter visto o Douglas arremessando o bebê contra a parede. O suspeito estava tentando fechar uma mamadeira e ficou irritado com o choro do bebê. “ A criança conta que após a agressão, Douglas levou o bebê para seu quarto e foi embora, mas como ele chorava muito, o irmão levou o bebê para o quarto da mãe. Minutos depois o bebê parou de chorar, no entendimento do irmão, ele tinha se acalmado. Acreditamos que nesse momento o bebê faleceu. A criança disse ainda que tentou acordar a mãe, mas ela não acordava”, relata o delegado.

A terceira versão é da mãe do bebê. Ela disse a polícia que dormiu após ter ingerido grande quantidade de bebida alcoólica e, quando acordou, na manhã seguinte, encontrou o filho morto em sua cama. “ Ela conta que no primeiro momento viu o bebê sem roupa, gelado e roxo, foi quando ligou para o Douglas reclamando que ele deixou o ventilador na direção do bebê. No segundo momento ela percebeu que o bebê não acordava e estava sem respirar, desesperada ela conta que ligou para o pai da criança acusando ele de ter matado o filho”, explica.

O delegado afirma que as principais controvérsias são relacionadas a morte do bebê, mas a causa da morte foi hemorragia por traumatismo crânio encefálico. “Vamos aprofundar as investigações para concluir esse caso, que ainda não foi concluído. Há controvérsias sobre como o bebê morreu, se ele estava com ou sem roupa, o horário que o pai deixou a casa, ou seja, questões que vamos esclarecer com a continuidade das investigações”, ressalta Hilton.

Por Karla Pinheiro

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