Dia de Reis agrega religião e cultura para celebrar a vinda de Jesus

Presépio natalino (Foto: Portal Infonet)

A celebração do Dia de Reis, comemorado neste domingo, 06, encerra oficialmente os festejos natalinos e, com isso, segundo a tradição cristã, o presépio e a árvore de natal devem ser desmontados. Dessa maneira, se inicia para a Igreja o chamado “tempo comum”.

Segundo o padre José Soares, da paróquia São Francisco de Assis, o Dia de Reis é comemorado para celebrar o encontro dos três reis magos com o menino Jesus. Ainda de acordo com o padre, foi através desse encontro que o Filho de Deus foi apresentando as nações.

Pe. José Soares (Foto: Portal Infonet)

“De onde vieram os magos? Vieram do oriente. Segundo a Bíblia, eles vieram fazer uma visita ao menino Jesus guiados por uma estrela. Alguns dizem até que eram astrólogos; outros dizem que eram estudiosos. Mas por trás de tudo isso está justamente essa dimensão humana: o reconhecimento de Jesus como um rei”, resume. O clérigo também explica que há uma simbologia que envolve o incenso, o ouro e a mirra – os presentes que foram levados pelos reis magos a manjedoura onde Jesus nasceu.

“O ouro simboliza a realeza; pois eles o vieram visitar e descobriram que Ele era o filho de Deus; o incenso representa a dimensão celebrativa, o louvor; e a mirra se relaciona ao embalsamar do corpo; a tradição antiga diz que já era uma previsão da morte de Jesus”, relata. O padre destaca também que esse componente histórico e religioso foi incorporado pela cultura originando assim a Folia de Reis – os festejos que celebram a adoração dos reis magos ao nascimento de Jesus Cristo. “O reisado leva consigo a religiosidade popular, que está presente em alguns elementos de nossa cultura. Eles transformaram toda a história religiosa em música, dança e dramaticidade”, avalia.

Segundo o padre, no reisado a religião e cultura se entrelaçam como dois fundamentos necessários para a memória histórica dos festejos continuar viva. “O reisado quer nos apontar um caminho: que todos estão incluídos dentro do projeto de Deus”, acrescenta.

por João Paulo Schneider 

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