Baixo movimento gera insatisfação de vendedores no Ceasa

Baixo movimento gera insatisfação de vendedores no Ceasa (Fotos: Portal Infonet)

No Nordeste, os festejos juninos remetem a um período tradicional, rico culturalmente e de iguarias típicas que deixam qualquer um ansioso pelo retorno do mês de junho. Do ponto de vista econômico, no entanto, o mês não vem sendo tão marcante assim para os comerciantes da Central de Abastecimento do Estado de Sergipe (Ceasa).

Sob a avaliação dos vendedores, se o baixo fluxo de clientes já foi rum no São João, ápice dos festejos, no São Pedro, quando o mês se encerra, a situação piora. No local, o panorama mostra queda de preços, muitas mercadorias estocadas e um clima grande de insatisfação.

Rosivaldo Souza diz que preços caíram em relação ao São João

Isso vale para diversos produtos, sem exceções, praticamente. “Está bem mais fraco agora. Esse ano tivemos mais mercadorias, só que as vendas caíram em relação ao São João. Está bem devagar. A gente tenta atrair o cliente abaixando o preço: a lata grande de amendoim era R$3 e agora é R$2. O que era R$20, agora é R$15, e a medida que custava R$30 agora é R$20”, queixou-se Rosivaldo de Souza.

Edilma Aguiar também reclama. “As vendas pioraram muito. Nosso país ainda passa por uma crise horrível. A mão do milho era R$30 no São João, já caiu para R$20 e hoje estamos vendendo a R$10 a mão. Nem a queda de preço traz o consumidor. Estou com muito prejuízo”.

Edilma: "Nem a queda de preços atraem o consumidor"

Baixa venda de fogueiras também traz reclamação

Distribuidor, por outro lado, diz que situação está 'mediana'

No comércio de fogueiras, mais do mesmo: muitas para vender, pouca gente para comprar. Mas Fábio Justino até que deu sorte. Enquanto nossa reportagem aguardava uma entrevista, conseguiu vender duas. “Mesmo assim, foi ruim. O povo está sem dinheiro. Prefeitura e Governo ainda não pagaram. Teve o lado positivo porque houve estiagem, mas junho está acabando e não temos perspectiva alguma de melhora”, lamentou.

Outro lado

Se para quem depende dos clientes em geral para lucrar, a situação para os distribuidores não é tão ruim. Manoel Messias dos Santos é vendedor e chega com um caminhão cheio de milho para entregar aos comerciantes da Ceasa. “Está bem variado. Depende da qualidade, mas o preço vai para todo mundo. O movimento está mediano, mas a gente acha que melhora. Não temos muito do que reclamar”, disse entusiasmado.

Por Victor Siqueira

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