Bancários realizam ato contra juros altos

Representantes do Sindicato dos Bancários realizam mais uma manifestação
A direção do Sindicato dos Bancários de Sergipe vai realizar nesta quinta-feira, 5, ato no Calçadão da rua João Pessoa em protesto aos juros altos. O mote será a campanha ‘Fora Meirelles e sua turma’, presidente do Banco Central, que segundo a categoria, vem se amarrando para não baixar os juros. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, José Souza, a taxa de juros brasileira caminha na contramão das políticas de corte de juros do mundo inteiro e a redução da taxa Selic é uma bandeira história do movimento sindical.

O corte de 1% na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), embora maior do que o mercado financeiro defendia, foi positivo, mas veio tarde e é menor do que o necessário para manter o desenvolvimento do Brasil com o crescimento da economia.

“Atualmente, a taxa de juros brasileira (Selic) está em 12,75% ao ano. Enquanto na Índia é de 7,5%; na China, 5,58%, na Austrália, 4,25%; na zona do Euro, 2,5%, na Grã-Bretanha e na Suécia, 2%; no Canadá, 1,5%; no Japão, 0,2%; e nos Estados Unidos, de onde partiu a crise, a taxa chegou ao nível histórico de 0% a 0,25%”, diz.

José Souza acrescentou que, enquanto o mundo inteiro reduzia juros para evitar que a crise contaminasse a economia real, o Banco Central brasileiro, capitaneado pelo presidente tucano, Henrique Meirelles, aumentava a Selic com a justificativa de manter o controle da inflação.

“Mesmo com os apelos do vice-presidente José de Alencar, quando assumiu a Presidência da República no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva, que também não é ouvido, Meirelles continuava aumentando os juros, que caminham na contramão das políticas de corte de juros adotadas pelos bancos centrais do mundo inteiro”, ressalta.

O sindicalista disse ainda que em dezembro último, quando as evidências já apontavam para o desaquecimento da economia, o Copom manteve a taxa básica de juros em 13,75%. “O presidente Meirelles ainda não entendeu que os juros altos contribuem para o desemprego e atravancam o crescimento econômico do país”. 


 

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