Cohidro quer difundir dessalinização no semi-árido

O presidente da Companhia de Recursos Hídricos e de Irrigação de Sergipe Osvaldo Nascimento viajou com o assessor de planejamento Edson Costa para João Pessoa (PB), em busca de inovação referente à distribuição de água no estado de Sergipe. Durante dois dias, eles participaram de oficinas sobre um programa capaz de fornecer água de qualidade para as comunidades que residem na região do semi-árido do Nordeste, no qual recebeu o título de Água Doce.

Segundo Edson Costa, o objetivo principal do projeto é dessalinizar a água, tirar suas impurezas e distribuí-la para a população, diminuindo os transtornos causados pela utilização de águas impuras. “Sabemos que a água dessalinizada é livre de impurezas. Ela diminui o índice de mortalidade infantil, reduz o internamento hospitalar, as infecções por diarréia e, consequentemente, os gastos com exames laboratoriais e os índices de hipertensos, além de propiciar a melhora sensível de pessoas que sofrem dos problemas renais”, esclarece o assessor.

O fato da água distribuída pelo sistema de dessalinização do programa Água Doce ser de máxima qualidade, exige dos moradores dos municípios do semi-árido maiores cuidados para que ela não seja desperdiçada com banhos ou afazeres domésticos. A água dessalinizada é exclusiva para o cozimento de alimentos, para beber ou para dar banho em bebês recém-nascidos.

“Com o aperfeiçoamento do programa, na separação da água doce e salgada, a salgada, também conhecida como concentrado, passou a ser utilizada. Ela é dividida em três tanques, sendo dois destinados para a criação de peixes tilápias e o terceiro para servir de reserva para os outros dois, bem como para irrigar a plantação de Atriplex ou erva-sal, utilizada, junto a outras folhagens, como alimento de caprinos e ovinos”, ressalta Edson Costa.

Cobrança de taxa

Os devidos cuidados com a área demonstrativa e com o sistema de dessalinização deverão partir das comunidades beneficiadas as quais definirão através de um contrato quem será o técnico responsável pela estação. Além desta definição, outras decisões devem ser tomadas pela população como, por exemplo, se os técnicos deverão receber remuneração pelo trabalho prestado.

Por conta disso, Edson Costa diz que será cobrada uma taxa simbólica dos beneficiados, usada tanto para a manutenção do sistema quanto para o possível salário do técnico e gastos futuros. “Ficou definido, no treinamento da Paraíba, que será cobrada uma taxa mínina, aproximadamente R$ 3 por família ou R$ 0,10 por cada balde. Este custo servirá, principalmente, para a manutenção dos tanques e dos dessalinizadores, peças essenciais para uma distribuição de qualidade”, pontua.

Fonte: Ascom Cohidro

 

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