SPC: 3 mil pessoas recuperam o crédito em Sergipe

Inadimplência preocupa mercado (Foto: Arquivo Infonet)

Pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que mais de um terço dos entrevistados que contrataram empréstimos no último ano (35%) ficaram com nome sujo por atrasar as prestações. Desse total, 20% já regularizaram a situação, enquanto 15% permanecem negativados. Em Sergipe, o número de negativados junto ao Serviço de Proteção ao Consumidor (SPC) preocupa por apresentar percentuais um pouco maior que a média nacional, segundo o empresário Brenno Barreto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Aracaju.

Mas há, em contrapartida, um dado otimista haja vista que no mês de julho, 3 mil pessoas conseguiram recuperar o crédito no mercado e se tornaram adimplentes. “É um dado muito bom porque são 3 mil pessoas adimplentes que podem consumir”, ressalta o empresário. A adimplência é maior em Sergipe entre os idosos. Eles, segundo Brenno Barreto, representam apenas 4,67% de inadimplentes, com faixa etária acima dos 65 anos.

Conforme os dados divulgados pelo CDL Aracaju, em Sergipe, a maior taxa de inadimplência está concentrada na população com idade entre 30 a 30 anos, que apresenta taxa de 27,05% de inadimplência, seguido pela população de 18 anos a 24 anos [21,1%], dos 40 anos a 49 anos [19,18%] e dos 50 anos a 64 anos com taxa de 14,36% de inadimplência. Um dos menores índices de inadimplência está entre os jovens entre 25 anos a 29 anos, com taxa de 13,65%, perdendo apenas para a comunidade idosa.

Dados nacionais

De acordo com o levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, dois em cada dez brasileiros (23%) contrataram algum tipo de empréstimo nos últimos doze meses, sendo que 12% buscaram empréstimo pessoal em bancos e 7% em financeiras. Além disso, 14% optaram por empréstimo consignado em banco, principalmente entre o público com mais de 55 anos (27%), e 6% em financeiras, modalidade em que se desconta as parcelas diretamente do salário ou da aposentadoria. “A capacidade de pagamento das pessoas tem sido afetada pelo alto nível de desemprego. A renda das famílias continua achatada, levando muitos brasileiros a fazer empréstimos para pagar contas ou mesmo quitar dívidas”, destaca a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

A pesquisa indica que o índice de inadimplência dos brasileiros varia anualmente e está mais presente nas empresas. Em 2011, o índice de inadimplência relacionada à pessoas jurídica [empresas] no país foi de 13%, caindo ao patamar de 11% em 2012 e chagando ao percentual de 8% em 2014. A inadimplência começa a subir em 2015, atingindo a casa dos 9% em 2016, e volta a cair, fechando o ano de 2017 com percentuais baixos, com pouco mais de 3%, mas surpreende em 2018, alcançado a casa dos 9%.

Já com relação à pessoa física, o termômetro da inadimplência da CNDL revela dados otimistas, destacando um percentual de 6% em 2011, caindo para um patamar inferior a 1% em 2017 e subindo para um percentual de 4% neste ano.

Indicador do SPC Brasil com dados de devedores Pessoa Jurídica.

Indicador do SPC Brasil com dados de devedores Pessoa Física.

Por Cássia Santana, com informações da CNDL

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