Concurso PM:governo diz que questões estavam no edital e irá recorrer

Reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira, 15(Fotos: Portal Infonet)

A Polícia Militar (PM), a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) e procuradores do Estado de Sergipe, além de representantes da comissão do concurso da PM se reuniram na manhã desta quarta-feira, 15, para avaliar a suspensão das questões 87 e 88 da prova objetiva para soldado.

Mesmo ainda não tendo sido notificada, a Seplag informou que irá recorrer da decisão judicial sobre anular os dois itens e conceder pontos a uma concorrente. “A alegação dessa candidata é que não havia previsão no edital, mas esse não é o entendimento da comissão. Tanto o edital previa o assunto em tela que 57% das pessoas que fizeram o concurso acertaram as duas questões”, disse o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão Rosman Pereira.

Rosman: “Outras questões foram anuladas porque havia razão dos candidatos”

De acordo com o secretário, outras questões chegaram a ser anuladas pela banca organizadora, atendendo a recursos administrativos dos candidatos. Mas esse não seria o caso dessas das questões 87 e 88. “Acreditamos em toda lisura do processo e que as questões foram bem elaboradas. Outras questões foram anuladas porque havia razão dos candidatos”, explicou.

Na decisão, o juiz quer que apenas a nota da candidata seja reavaliada. Entretanto, caso a determinação não seja derrubada, depois que a Seplag recorrer, haverá interferência na classificação de outros participantes.

TAF

Até que a Seplag seja notificada, os próximos passos do concurso não se alteram. “Iremos manter o TAF [Teste de Aptidão Física] e recorrer assim que receber a notificação”, garantiu Rosman Pereira. A etapa foi marcada para os dias 20, 21 e 22 na Universidade Federal de Sergipe.

Relembre o caso

No dia 1º de julho, os irmãos Hygor Ayslan Oliveira Lima, 28 anos, e Aylton Hytalo Oliveira de Lima, 26, foram flagrados com telefones celulares escondidos durante a aplicação da prova objetiva do concurso. Eles confessaram que pagariam até R$ 20 mil pela aprovação. Logo depois, conforme informação da Seplag, 23 candidatos tiveram os nomes enviados à Polícia Civil por suspeita de tentar fraudar o certame e foram eliminados das próximas etapas.

No dia 2 de agosto, o juiz Manoel da Costa Neto determinou a suspensão da concurso,  atendendo a pedido de dois candidatos que se sentiram prejudicados com a tentativa de fraude. A decisão foi derrubada no dia 10 de agosto pelo desembargador Roberto Eugênio da Fonseca Porto.

Nessa última terça-feira, 14, Manoel da Costa Neto suspendeu as duas questões da prova objetiva do concurso para soldado da PM. A decisão atende ao pedido de uma candidata que alegou violação no edital, justificando que as questões 87 e 88 abordaram direito penal, assunto que não estaria disposto no conteúdo programático e na regra do certame. A candidata alegou também que a anulação das questões traria as pontuações necessárias para que ela fosse classificada para o TAF e informou que entrou com recurso administrativo, mas teve o pedido indeferido pela banca examinadora.

por Jéssica França

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