Trabalhadores sergipanos não falam inglês fluentemente

Antelmo Almeida mostrou a importância do inglês no competitivo mercado de trabalho (Fotos: Portal Infonet)

Em Sergipe, assim como vem acontecendo em todo o país, as pessoas ainda não se conscientizaram da importância de se falar o inglês fluentemente, principalmente no momento de disputar uma vaga no mercado de trabalho, que está sendo cada vez mais exigente quanto aos idiomas falados pelos candidatos. Para se ter uma idéia, pesquisa recente da Catho On Line mostra que no Brasil, menos de 2% dos trabalhadores fala inglês. “Muito pouco em se comparando com outros países”, entende o diretor-presidente do Yázigi, Antelmo Alves de Almeida.

Segundo ele, tem que falar o inglês fluentemente no momento da avaliação do currículo no mercado.

“Não se dá jeito quando vai fazer uma entrevista para a aquisição de um emprego. Ou a pessoa mostra que é competente, que sabe, ou está fora, vai ser eliminado. Não adianta ter um papel, um currículo. Não adianta dizer que fez um curso no Yázigi ou em outra escola, dizer que tem um diploma e é nível avançado. O que vale é comprovar de forma categórica na hora da entrevista, que fala o inglês e apenas 2% dessa população de profissionais que estão no mercado fala a língua fluentemente, o que é muito pouco, é desastroso se comparado aos países pertencentes ao bloco da União Européia”, entende Antelmo Almeida.

Ele destaca pesquisa em que 2% dos trabalhadores brasileiros falam o idioma

Indagado sobre a situação de Sergipe e sobre o investimento das escolas no espanhol, ele explicou que o inglês é fundamental, ou seja, primeiro é preciso aprender essa língua para depois optar pelo espanhol e por outro idioma.

“O inglês é fundamental. Você vai para o Japão, vai para a China, vai para a Coréia, não adianta saber apenas o espanhol. Tem que primeiro saber inglês, é questão de sobrevivência, é como tomar água. Se não sabe o inglês fluentemente está fora do mercado de trabalho, das melhores colocações, dos melhores salários, dos benefícios. Com o Mercosul, para os brasileiros se tornou atrativo aprender um pouco mais o espanhol, mas para quem já fala o inglês fluentemente. É bom deixar claro que para as relações comerciais, o alemão é a segunda língua mais importante do mundo. As pessoas não sabem disso e pensam que é o espanhol e até o francês”, esclarece.

Engatinhando

O diretor do Yázigi informou que o Brasil tem muito ainda a crescer e que em Sergipe, os empresários sergipanos e administradores públicos estão engatinhando. “A classe empresarial não investe. Por coincidência, nós estamos começando nesta segunda-feira, 9, uma turma de super intensivo com a presença de agentes de trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). O superintendente Samarone ouviu uma entrevista que dei sobre este assunto e se interessou, até mesmo porque agora na virada de ano, um agente não conseguiu interagir com um americano que precisava de informações”, destaca.

Antelmo Almeida disse ainda ter a esperança de que aos poucos os sergipanos conseguirão ter acesso à língua inglesa. “O empresário de Sergipe e os órgãos ainda não despertaram para a importância do inglês e não querem investir. Um exemplo é o ramo hoteleiro e barzinhos e restaurantes. Acham que não vem turista americano para Sergipe, mas não precisa ser americano, o europeu fala o inglês. Aqui ainda existe essa mentalidade. No Rio de Janeiro, em qualquer hotel, o porteiro, o cara que carrega malas, fala no mínimo três idiomas. A gente também vai chegar, olhe a oportunidade da Copa do Mundo. Pela proximidade com a Bahia e Pernambuco, devemos receber muitos turistas”, acredita.

Super intensivo

O Yázigi realiza sempre nos meses de janeiro e julho, os chamados super intensivos de férias. “É uma oportunidade que as pessoas têm, principalmente os profissionais, de economizar [devido aos pacotes promocionais], ganhar tempo e principalmente conhecimento”, afirma lembrando que para falar fluentemente o inglês, são necessários quatro anos em cursos regulares. ‘Não existem milagres. Com os cursos mais intensivos, pode-se falar com dois anos e meio’.

Começando cedo

Antelmo Almeida destacou que as turmas começam com crianças a partir dos quatro anos e não existe limite de idade para se aprender o inglês. Foram feitas pesquisas que comprovam a importância de começar cedo. “Psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, enfim, especialistas em lingüísticas afirmam que tudo que é ensinado entre três e sete anos, existe uma região no cérebro que armazena as informações, internalizam, guardam. A partir dos sete anos, seleciona, ou seja, cria a estratégia de aprendizado, escolhe a forma de aprender, se tem que ler e escrever, se tem que ouvir e escrever”, ressalta lembrando que quanto antes comece, melhor.

Como escolher

O diretor do Yázigi relacionou pontos fundamentais a serem observados na escolha de uma escola de idiomas. De acordo com ele, é importante verificar se existe uma garantia de aprendizado na instituição que se pretende fazer o idioma. “Entre essas garantias, deve-se verificar se o curso oferecido segue algum padrão internacional. Deve-se conversar com alunos do avançado ou que estão concluindo o curso, se sentem-se seguros em participar de reuniões ou fazer apresentações para estrangeiros”, orienta.

Ele disse ainda que aprender um segundo ou terceiro idioma não se trata apenas de preencher o currículo, mas de garantir uma ótima oportunidade de trabalho. “Aprender outros idiomas é estar preparado para o mercado de trabalho, para a abertura ou expansão de negócios, para viagens internacionais a trabalho ou ao lazer, conhecer novas tecnologias e informações, conhecer novas culturas, além de abrir fronteiras culturais e fazer parte da formação de um verdadeiro cidadão do mundo”, enfatiza Antelmo Almeida.

Por Aldaci de Souza

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