UFS: ato marca início da greve de professores e técnicos

Ato realizado na manhã desta quinta-feira, 26 (Fotos: Portal Infonet)

O primeiro dia de greve dos professores e técnicos administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi marcado por um ato na frente do campus de São Cristóvão. Na manhã desta quinta-feira, 28, as categorias bloquearam o acesso de carros à instituição de ensino e usaram faixas e cartazes para expor suas reivindicações.

Os professores, que lutam por um reajuste salarial de 27,3% e por melhorias nas condições de trabalho, também são conta os cortes na Educação e o Projeto de Lei que institui a terceirização dos serviços.

Brancilene destaca que os cortes da Educação trazem prejuízos à qualidade de ensino

“Fomos empurrados para essa greve porque o Governo não só vem se recusando a negociar qualquer tipo de acordo com as categorias, como também cortou quase R$ 10 bilhões da Educação. Sabemos que esse corte atinge as universidades e também estados e municípios, já que há repasses federais do MEC para atender a educação estadual e municipal. Vemos essa situação com muita preocupação", revela a secretária geral da Adufs, Brancilene Santos.

De acordo com Brancilene, a UFS tem passa por problema sérios que afetam alunos e professores. "Não temos restaurante universitário, que é uma reivindicação dos estudantes, mas que é imprescindível para a gente como professor, pois não vamos dar aula para aluno com fome. Não temos livro, material, laboratório e nem transporte entre um campus para outro. Tudo isso acaba contribuindo para que a qualidade do ensino vá piorando", destaca.

Lucas Gama, do Sintufs, destaca a falta de negociação do Governo

Servidores

O presidente do Sintufs, Lucas Gama, revela que a categoria cobra a aberturas das negociações relacionadas às reivindicações dos servidores. Os servidores da UFS também querem além do reajuste salarial, o estabelecimento da data base, realização do concurso público e a implantação de política de democratização da UFS.

“Hoje é um dia inaugural da nossa greve. Estamos cobrando a abertura das negociações para discutir os diversos itens da nossa pauta de reivindicações. Muitos itens já são de conhecimento do Governo Federal. Não adianta agendar uma reunião para tomar cafézinho e não apresentar uma resolução", critica.

Sônia Meire explica que os cortes em investimentos na Educação trazem sérios prejuízos aos alunos

Alunos prejudicados com cortes na Educação

A professora Sônia Meire Azevedo, que é vice-presidente do  Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/Se) e integrante do Comando Local de Greve, explica que os cortes em investimentos na Educação trazem sérios prejuízos aos alunos.

“Hoje há cortes nas bolsas e não existem políticas estudantis que garantam a permanência desses estudantes. Os alunos que hoje trabalham no lugar de funcionários recebem R$ 400 e são explorados. Na licenciatura temos um alto índice de evasão pela falta de condições e na pós-graduação isso acontece por causa do atraso nas bolsas. Uma situação que afeta o ensino de forma geral”, revela.

Por Verlane Estácio

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