Vida de Paulo Freire é debatida na Assembleia

Público lota a galeria da Assembleia para acompanhar o debate (Fotos: Portal Infonet)

A vida e obra do grande homem e filosofo que revolucionou a educação brasileira foi tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Sergipe na noite desta segunda-feira, 19. Em homenagem aos 90 anos de Paulo Freire, foi organizada uma exposição sobre os feitos de um dos maiores educadores do mundo. A iniciativa foi da deputada estadual Ana Lúcia em parceria com a Fundação Paulo Freire.

Para a deputada estadual Ana Lúcia (PT), o conceituado educador deve ser o Patrono da Educação no Estado. “Esperamos que a viúva de Paulo Freire receba pós mortem o Título de Cidadania do seu marido, e ainda ela [Ana Maria Freire] seja condecorada com a Medalha do Mérito Serigy”, destacou a parlamentar dizendo que até hoje a educação sofre com o conservadorismo que os militares aplicaram no tempo da Ditadura.

A exposição, depois da apresentação na assembléia, percorrerá escolas da rede privada e pública, além de faculdades e universidades. Para a professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Liana Torres, o educador era um filosofo humanista cristão. “Paulo Freire desenvolveu um método que em apenas 40 horas ensinava a ler e escrever”, frisou.

Exposição da obra de Paulo Freire

Ainda segundo a professora Liana Torres, foi através deste método que ele ficou conhecido. “Em 1963, em na cidade de Angicos, Rio Grande do Norte, ele aplicou seu método e por isso foi convidado pelo então presidente da republica, João Goulart, para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Mais logo após houve um Golpe Militar e seu método foi considerado uma ameaça”, lembrou.

Outro educador a explanar sobre a obra de Paulo Freire foi o professor do Departamento de Filosofia da UfS, Romero Venâncio. “Trago aqui algumas frases utilizadas por várias instituições de ensino. “Como é que uma direção de escola coloca em seu mural uma frase freireana e depois proíbe de professores entrarem na unidade com camisas de protesto. Paulo Freire passou a ser quase que um mantra para algumas pessoas que não conhecem nada sobre o assunto”, destacou o educador ao comentar que muitas escolas ainda tem modelos ditatoriais.

Por Danilo Cardoso

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