Após crítica, Dr. Samuel esclarece suspensão da CPI da Pedofilia

A Comissão Parlamenta Inquérito (CPI) da Pedofilia voltou a ser assunto na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) na sessão desta quarta-feira, 28. O deputado Dr. Samuel (Cidadania), autor do requerimento e presidente da CPI, explicou o motivo da falta de resultado nos trabalho da Comissão, cuja finalidade era investigar crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes em Sergipe.

Na sessão da última terça-feira, 27, o líder do governo, deputado Zezinho Sobral (Pode), durante as discussões sobre a CPI da Covid-19, questionou a oposição sobre o resultado da CPI da Pedofilia, que segundo o deputado, foi apenas política e não deu em nada.

O deputado Dr. Samuel usou a tribuna na sessão de hoje e explicou que o andamento da CPI da Pedofilia foi prejudicado por conta da pandemia. “Protocolamos o pedido da CPI em agosto de 2019,  mas só em outubro o requerimento foi lido e a CPI foi instituída em 19 de novembro. No final de 2019, ninguém queria saber de CPI da Pedofilia porque as discussões estavam todas voltadas para a Reforma da Previdência. Após o recesso parlamentar, tivemos o início da pandemia e, com isso, todas as comissões da Casa foram suspensas”, detalha o parlamentar que afirma estar com a consciência tranquila.

“A CPI funcionaria por seis meses, ela expirou em abril do ano passado. Poderíamos ter pedido a prorrogação, mas devido a pandemia optamos por não pedir  já que as Comissões continuavam suspensas. Ninguém contribuiu para que a CPI não fosse levada a sério. É preciso ter cuidado com o que se fala e preservar este parlamento”, enfatiza.

O deputado Zezinho Sobral também se manifestou e afirmou que não teve a intenção de ofender. “Se fui ofensivo, foi sem querer. Minha intenção foi ressaltar o debate. Quando nós somos ofendidos, como aconteceu, por vezes, mudamos nosso comportamento, mas prezo sempre pelo respeito e pelo debate aqui no parlamento. Tenho consciência do trabalho social feito pelo Dr. Samuel e por todos os deputados desta Casa”, conclui.

Por Karla Pinheiro