Presidente do PT visita Aracaju e faz coletiva

Falcão se reuniu com pré-candidatos assim que chegou (Fotos: Portal Infonet)

Deputado estadual por São Paulo, o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, desembarcou em Aracaju por volta das 16h desta segunda-feira, 6. O motivo da viagem era a sua participação em um ato político do Movimento Sem Terra (MST) ainda nesta segunda – o líder, porém, não escapou de uma reunião com dois dos três pré-candidatos do PT à prefeitura de Aracaju, o vice-prefeito Silvio Santos e a também deputada estadual Ana Lúcia.

Em seguida, no início da noite, Falcão reservou um espaço na agenda para uma coletiva com a imprensa sergipana. No início pauta estava, é claro, a reunião ocorrida poucos minutos antes; entretanto, não foi dita nenhuma palavra que apontasse um indicação prévia entre os concorrentes Santos, Lúcia e Rogério Carvalho, que se encontrava em Brasília. “Como vocês sabem, meu compromisso aqui hoje é uma reunião com o MST”, afirmou. Segundo o presidente, o processo de escolha é um “debate” – no dia 24 de fevereiro, o diretório municipal vai se reunir para que o candidato seja escolhido.

Presidente se mostrou otimista em relação às eleições de 2012

“Vão avaliar se chegam a algum consenso a respeito de um nome, se preferem o caminho da prévia ou se fazem um encontro de filiados. Tem todas essas alternativas. Se não há acordo, há um caminho democrático, que normalmente eram as prévias”, explicou Falcão, acrescentando que em Congresso recente do PT ficou decidido que existe a possibilidade de 2/3 do diretório poder decidir entre uma prévia ou um encontro. Para ele, a preferência pelas decisões em detrimento das prévias não é uma obrigatoriedade. “É sempre preferível haver consenso, mas o consenso não é forçado”, comentou.

O presidente se disse otimista em relação ao processo que vai se desenvolver em Aracaju – segundo ele, a tendência nacional do partido é acatar o candidato único decidido pelo diretório. “São ótimos nomes, qualquer um deles pode representar dignamente o nosso partido”, ponderou Falcão.

Coalizão

Perguntado sobre seu entendimento a respeito das criticadas coalizões de governo, Rui Falcão se mostrou inclinado a apoiá-las. “Sempre fomos favoráveis à aliança, porque o Brasil é um país muito complexo. Você precisa de apoio no Parlamento, tem vários setores sociais que querem participar”, disse.

Ele afirmou que, apesar de serem frequentes, as alianças podem encontrar obstáculos nas eleições municipais. “Principalmente nas capitais, há uma tendência dos partidos quererem afirmar seus nomes, pensando em gerar um segundo turno, ou até pensando em 2014. Nossa disposição é construir um programa e em torno desse programa, ver quais são os setores e partidos que pretendem apoiar”, expôs Rui.

Esse apoio pode vir mesmo de alas antes criticadas pelo PT. “Quando esses partidos resolvem acatar, é sinal de que as críticas ficaram num momento anterior”, declarou o petista, para quem a sigla faz "política para a frente", e não olhando "para o retrovisor".

Rumos

Rui Falcão se mostrou otimista tanto no que diz respeito ao desempenho da presidente Dilma como em relação às expectativas das eleições deste ano. Citou o crescimento do partido em 2008 nas municipais – quando houve uma expansão de 34% sobre os números de 2004 – e resumiu a ascendência do PT como uma “constante desde 82”.

O deputado afirmou que a avaliação popular é o melhor indicativo da performance de Dilma em seu primeiro ano de mandato, e alegou acreditar que as sucessivas quedas de ministros desde a sua posse não vão afetar negativamente a legenda no pleito municipal. “Nós ainda estamos numa média inferior aos oito anos de Fernando Henrique. As substituições ministeriais são naturais. Elas têm suas explicações e são um dos fatores da boa avaliação da presidenta, inclusive”, analisou.

Questionado ainda sobre mudanças na forma do partido encarar algumas manifestações sociais – e em especial sobre a greve dos Policias Militares na Bahia –, Falcão se disse preocupado quando isso ocorre com “pessoas armadas e que tema  função pública de garantir a segurança da população”. De acordo com ele, a PEC 300, que pretende que seja paga aos policias dos Estados o mesmo valor que os do Distrito Federal, dificilmente poderia ser absorvida pelos orçamentos.

Fazendo referência às mesas de negociação e ao reconhecimento das centrais sindicais pelos governos, o presidente do PT entende como positivo o relacionamento entre o partido e os movimentos salariais. “Nós continuamos a defender o direito dos trabalhadores de fazerem greve, se organizarem, fazerem suas reivindicações. E é isso que tem resultado, desde que Lula assumiu, num acréscimo significativo dos ganhos salariais”, sustentou.

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