Valmir Monteiro pensa em renunciar mandato de prefeito de Lagarto

Momento em que Valmir saiu do Deotap para fazer exame de corpo delito no dia 22 de fevereiro deste ano (Fotos: Portal Infonet)

O prefeito Valmir Monteiro, de Lagarto, pensa em renunciar o cargo. Ele está preso há exatos 60 dias, acusado de envolvimento em suposto esquema para desviar verbas públicas do matadouro da cidade. A informação pela possibilidade de renúncia foi transmitida nesta terça-feira, 23, pelo advogado Evânio Moura, que atua na defesa do prefeito, durante sessão da Câmara Criminal, que está julgando o recurso, interposto pelos advogados de defesa, pedindo a liberdade do chefe do Executivo Municipal.

De acordo com Evânio Moura a maior preocupação do prefeito neste momento é com os desdobramentos do processo judicial movido pelo Ministério Público do Estado de Sergipe. Para Moura, o processo é complexo e requer muita atenção da equipe de advogados que atua na defesa e também do próprio prefeito. “Ele [o prefeito] me confidenciou [o desejo de renunciar ao cargo]”, disse Evânio Moura. “O que ele precisa agora é cuidar da defesa dele. Ele não está preocupado em lutar por mandato. Ele está preocupado em lutar pela sua liberdade e provar sua inocência”, ressaltou Moura.

Sem documentos

Evânio Moura classifica como “excessiva” a acusação feito pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Sergipe (MP-SE). “E essa defesa vai demandar uma atenção muito grande por parte do próprio réu e dos advogados”, avalia. O advogado tenta, inclusive, substituir a prisão por medidas cautelares previstas na legislação brasileira, inclusive com o próprio afastamento do prefeito do cargo e até uso de tornezeleira eletrônica para monitorar a rotina dele fora da cela. Mas o recurso ainda não foi julgado e o prefeito permanece preso.

Apesar de manifestar intuito em renunciar ao cargo de prefeito, Valmir Monteiro não assinou qualquer documento neste sentido. Prefere, conforme a orientação do próprio advogado, aguardar os desdobramentos do processo judicial. “Processualmente, ele não pode fazer isso [assinar carta de renúncia]. Porque, se assim o fizer, o processo sai do tribunal. A gente vai ter que aguardar a conclusão do julgamento”, destaca. “O processo só está sendo julgado originalmente no Tribunal [de Justiça] e não na Comarca de Lagarto exatamente porque ele é prefeito. Então, essa deliberação só seria posterior ao julgamento”, explica, referindo ao possível pedido de renúncia.

por Cassia Santana

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