A taxa de transmissão da Covid-19 caiu para menos de 1 em Sergipe. Esse indicador serve como uma estimativa de como a doença se espalha entre a população. Abaixo de 1 significa dizer que uma pessoa infectada pela doença transmite para menos de uma pessoa, como explicou o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), infectologista Marco Aurélio Góes, salientando que o Estado registra no momento queda no número de casos, de óbitos e de internações.
A taxa de transmissão abaixo de um implica dizer que o vírus tem uma dificuldade maior de ser transmitido e por uma série de razões, entre elas o fato de que muitas pessoas foram infectadas, criaram anticorpos, dificultando a circulação do vírus no ambiente, segundo avalia o diretor de Vigilância em Saúde. “Isto é bom porque caíram as taxas de adoecimento, internações e óbitos, mas em compensação é uma doença nova, que não se conhece direito, não se sabe como se comporta essa imunidade, se vai garantir que no próximo ano ou daqui a alguns meses não tenhamos novas infecções”, alertou.
Marco Aurélio salientou que em se tratando de Covid-19 Sergipe tem apresentado uma queda gradual e contínua, inicialmente com uma velocidade mais rápida e agora mais lenta devido à diminuição dos números, mas orienta a sociedade, aos gestores e profissionais de saúde de que é importante que todos estejam atentos para qualquer transformação neste cenário. “Os serviços de saúde precisam notificar os casos e os profissionais que atuam nas urgências devem observar se está aparecendo casos mais graves neste momento ou se continuam diminuindo, porque são estas informações que fazem com que a gente conseguia observar como está a curva de transmissão”, disse.
Enfatizou que mesmo com um cenário favorável a que surja vacina eficaz e segura, o imunobiológico ainda não está disponível e, além disso, como atestam as autoridades sanitárias mundiais, a vacina não estará disponível para todos ao mesmo tempo. Isso quer dizer que mesmo quando a imunização começar a ser aplicada, as pessoas vão precisar continuar mantendo os hábitos preventivos como o distanciamento social o máximo possível, evitar aglomerações desnecessárias, higienização frequentemente das mãos e superfícies de maior contato e uso de máscara.
“Não temos um prazo para quando vamos deixar de usar máscaras nos ambientes, até porque são essas medidas sanitárias que têm contribuído para a queda na transmissão. Mesmo que a gente identifique grupos de pessoas que se aglomeram e não utilizam máscaras, sabemos que parte da população tem cumprido os protocolos e isso tem protegido a sociedade. Diminuir a transmissão não significa deixar de cumprir essas medidas porque na realidade são elas que estão contribuindo para que a taxa de transmissão caia”, concluiu Marco Aurélio.
Fonte: SES
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