Sergipe sedia encontro sobre rumos da arbitragem no país

Afrbitragem esteve em pauta durante três dias (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O 3° Encontro Nacional das Escolas de Arbitragem ocorreu entre os dias 25 e 27 de novembro de 2011, em Aracaju/Sergipe. Durante o evento, foi discutida a Matriz Curricular Nacional – MCN – elaborada no 2° Encontro Nacional das Escolas de Arbitragem ocorrido em São Paulo, em 2010, e a sua implantação no Estado de Sergipe pela Escola de Arbitragem José Carivaldo de Souza – EAJCS.

O início do evento foi marcado pela explanação de Roberto Perassi, instrutor da Escola Paulista de Arbitragem, apresentando o conteúdo dos dois encontros anteriores de forma resumida.  No primeiro encontro, ocorrido em 2009, no Rio de Janeiro, foi discutido o conceito e a importância da unificação curricular, a adequação das disciplinas, as cargas horárias e o levantamento da realidade de cada escola do país. As informações foram compiladas por Carlos Elias.

No segundo encontro, realizado em São Paulo, foram definidos os pilares norteadores da formação do árbitro, traçada a síntese da realidade das escolas do país, apresentadas as propostas de efetivação de conteúdo básico e estabelecida a carga horária básica de 220 horas.

Em seguida, foi feita uma radiografia da implantação da Matriz Curricular Nacional para a formação do árbitro de futebol no Brasil, com o levantamento da situação dos estados em relação às adequações acordadas. A conclusão dos participantes foi que as escolas do país estão no caminho certo, houveram avanços. “Estamos quebrando um paradigma de 50 anos”, afirmou Carlos Elias Pimentel baseando-se nos números apontados por uma pesquisa realizada entre as escolas.

Com relação ao percentual de estados que encontraram dificuldades, os dados informam que 33,33% não encontraram dificuldades contra 66,66% que encontraram. Os maiores problemas enfrentados foram a falta de instrutor qualificado, a pouca procura dificultando formação de turmas e a precariedade de infra-estrutura da escola.

Arbitragem pelo país

Em seguida, os diretores tiveram a oportunidade de realizar uma apresentação resumida sobre as atividades do curso de formação de árbitros nas federações que representam, expondo as dificuldades encontradas na implantação da MCN e as adaptações que precisaram fazer.

A primeira escola a se apresentar foi a de Sergipe. A explanação foi feita pela diretora da Escola Arbitragem José Carivaldo de Souza, Thayslane de Melo Costa que começou falando sobre os objetivos da instituição que é fornecer ao aluno a fundamentação teórica e prática atendendo as necessidades do árbitro de futebol, desenvolver o raciocínio lógico e critico dos alunos e aptidão para atividades em grupo.

Thayslane falou também sobre os benefícios da formação unificada. Os pontos apontados por ela foram a valorização do futebol e o acompanhamento da modernização organizacional; o aprimoramento das atividades desempenhadas na formação padronizada; a qualificação e a melhoria nos aspectos físico-técnico, social e intelectual dos futuros árbitros.
Seguindo a matriz curricular nacional, em Sergipe, a formação de árbitros engloba as seguintes disciplinas: Regras de futebol – 60 h/aula; História de futebol no Brasil e em Sergipe – 2h/aula; Legislação e código esportivo – 10h/ aula; Noções de primeiros socorros aplicada a arbitragem no futebol – ;Ética e cultura – 4h/aula; Súmulas e relatórios – 10h/aula; Psicologia – 10h/aula; Preparação física e avaliações; Nutrição – 10h/aula; Árbitro assistente – 10h/aula; Prática e estágio  – 40h/aula; Mecânica e técnica de arbitragem – 20h/aula; Noções de Direito – 2h/aula; Espanhol – 3h/aula; Inglês – 3h/ ; Expressão oral – 10h/aula; Policiamento e segurança nos estádios – 2h/aula; Estatuto de defesa do torcedor – 2h/aula. Totalizando em 238h/aula. Duração mínima do curso: 10 meses.

Futuro da Arbitragem

Após as apresentações, foram encerrados os trabalhos da manhã. No período da tarde, foi discutida a temática “Pilar Físico – O futuro da arbitragem”, pelo professor Dionísio Roberto Domingos – Instrutor Físico da CA-CBF. Ele explicou sobre a metodologia ideal dos treinamentos físicos, e expôs o futuro cenário dos protocolos das avaliações físicas, no qual o árbitro terá que estar sempre preparado para os testes físicos, pois, em um futuro próximo.
Também foram abordadas as valências específicas para a atividade de arbitragem que engloba a composição corporal; velocidade e agilidade; força, resistência aeróbica e anaeróbica; habilidade de repetir sprints; e flexibilidade.

“Atualmente, por não terem feito todas as valências, muitos árbitros, aos 37/38 anos, estão apresentando lesões. O ideal é que as escolas repensem a disciplina de avaliação física informando sobre as valências e acompanhando a evolução do aluno”, explica Dionísio. Isso é importante, analisa o instrutor, porque, em um futuro próximo, todos os árbitros de futebol terão seus treinamentos monitorados por programas on-line.

Em sua exposição, Dionísio traçou ainda o perfil do árbitro do futuro. “Tem domínio pleno das leis de jogo, excelente condição física e técnica, emocionalmente equilibrado e conhece pelo menos duas das principais línguas de comunicação da FIFA”, destacou ele. Para alcançar tal nível de excelência, ele ressalta ser indispensável o suporte de uma equipe multidisciplinar formada por preparador físico especializado, cardiologista, nutricionista, psicólogo, odontólogo e fisioterapeuta.

Fonte: Divulgação EAJCS/SE

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