Audiência não define rumo da FHS (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Um acordo judicial feito com a interferência do Ministério Público Federal (MPF) salvou a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), que deverá renovar o contrato com a Secretaria de Estado da Saúde por mais um ano. Mesmo assim, a Fundação perde força e repassa para a administração direta a gestão de todos os bens e contratos que envolvem grande volume de recursos.
A audiência pública que contou com participação de representantes dos governos estadual e federal, do MPF e dos servidores da FHS aconteceu nesta sexta-feira, 4, no auditório da justiça federal, conduzida pelo juiz Edmilson Pimenta. Mas o modelo de gestão e o futuro da Fundação Hospital de Saúde ainda não estão incertos.
O procurador regional Ramiro Rockenbach, dos direitos do cidadão, fez um relato sobre os problemas, falou sobre as divergências de entendimentos quanto ao modelo de gestão e anunciou a criação de uma comissão mista, formada por representantes dos governos federal e estadual [que nunca tiveram envolvimento com a gestão da Fundação Hospitalar de Saúde] para apresentar alternativas sobre o sistema de saúde ofertado pelo estado em Sergipe. Esta comissão possui prazos distintos para cada missão, com o máximo de 180 dias para formatar alternativas para organizar o sistema de saúde.
Ramiro: divergêrncias não afeta consenso |
O presidente da FHS, Hans Crystian Anderson de Oliveira Lobo, garantiu que acatará todas as decisões judiciais e garantiu que o governo manterá posição para melhorar a gestão. “A fundação é sim viável e o estado de Sergipe continua acreditando no modelo da fundação”, enalteceu o presidente da Fundação.
O secretário José Sobral elogiou o pacto firmado nesta manhã e garantiu que o governo permanecerá colaborando com os órgãos fiscalizadores e de controle externo para melhorar o padrão dos serviços prestados à população. “Defendemos que todos os modelos são necessários para uma boa execução da saúde: a administração direta, a indireta, fundação, empresa, OS… todos devem coexistir”, opinou o secretário.
Por Cássia Santana
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