Fertilidade e gravidez para a mulher portadora de lesão medular

Quanto à fertilidade, os estudos mais recentes revelam que não ocorrem alterações significativas após a lesão medular. O ciclo menstrual sofre, na maioria dos casos, uma interrupção temporária, em média de três a seis meses, após a lesão medular. Já que a fertilidade feminina permanece intacta, na maioria dos casos, podemos dizer que estas mulheres são capazes de conceber, de conduzir a gestação a termo, entrar em trabalho de parto e dar a luz por via vaginal, seguidos de rigorosa orientação de seu obstetra. Como problemas gerais, estão listados o maior risco de úlcera de pressão, anemias, alteração do ritmo intestinal, infecção urinária, dificuldade nas transferências, tromboembolismo, transtorno respiratório e aumento da espasticidade. Dentre os problemas específicos, estão a dificuldade de perceber o início do trabalho de parto nos pacientes com lesão acima de T10 e a possibilidade de disreflexia autonômica nos pacientes com lesão acima de T6. O aleitamento materno é normal, não havendo qualquer alteração nas mamas e na produção de leite; inclusive tetraplégicas podem amamentar seus filhos. Contracepção Como já foi dito, a mulher com lesão medular não sofre alterações significativas no aparelho reprodutor que comprometa a sua fertilidade, ou seja, ela continua capaz de engravidar. Desta forma, com a finalidade de evitar a gravidez indesejada, não planejada, faz-se necessária a utilização de algum dos métodos contraceptivos. São vários tipos de métodos contraceptivos. Para tanto, o ideal é consultar um ginecologista, que irá dar as orientações sobre o melhor método. Fonte: CIEP – www.infonet.com.br/ciep – e “Manual do Lesado Medular”, da Rede SARAH.