A Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE) se reunirá com o Ministério Público Federal (MPF) na próxima quinta-feira, 2, para reiterar o pedido de prisão cautelar dos três policiais diretamente envolvidos na abordagem a Genivaldo de Jesus Santos, em Umbaúba.
De acordo com o presidente da OAB/SE, Danniel Costa, a prisão cautelar é necessária para preservar as provas e garantir a ordem pública. “Vamos completar uma semana do fato e os três envolvidos permanecem soltos, mesmo com a existência de diversos vídeos que não deixam dúvidas quanto à autoria e a materialidade do crime, praticado mediante violação a direitos humanos e sérios indícios de tortura”.
De acordo com o Conselheiro Federal Fábio Fraga, a medida é razoável porque foram constatadas divergências entre o Boletim de Ocorrência e a realidade dos fatos, que pode ser percebida através dos vídeos.
A OAB/SE defende que os policiais tinham o dever de narrar a verdade dos fatos, contudo, ao prestar o Boletim de Ocorrência, narraram que a morte seria decorrente de um mal súbito e que a abordagem teria sido uma resposta a uma ação violenta da vítima. Essas circunstâncias caracterizam uma tentativa de causar embaraços à prova, prejudicando a instrução criminal.
Entenda
A OAB/SE expediu um ofício pedindo o afastamento dos policiais envolvidos na morte de Genivaldo um dia após o crimes, dia 26 de maio. No dia 28, a Ordem voltou a se pronunciar sobre o caso, e junto ao Conselho Federal, emitiu uma nota solicitando a prisão cautelar dos envolvidos. Logo depois, a OAB se reuniu com a Polícia Rodoviária Federal e pediu transparência e rapidez na investigação.
Com informações da OAB/SE
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