Operação Underground: vereador indiciado seguirá com mandato na CMA

Operação Underground: vereador indiciado seguirá com mandato na CMA (Foto: rede social)

Apesar do vereador de Aracaju, José Sávio Gois Silva, conhecido como Sávio Neto de Vardo da Lotérica (PSC), ter sido indiciado pela Polícia Civil por porte ilegal de arma, no âmbito da “Operação Underground”, o parlamentar seguirá exercendo suas atividades na Câmara Municipal de Aracaju (CMA). A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 26, pelo advogado Aurélio Belém, responsável pela defesa do político.

A operação resultou ainda no indiciamento de seis pessoas por crimes relacionados à venda ilegal de armas de fogo e munições, após conclusão da Operação Underground, deflagrada pela Polícia Civil de Sergipe no dia 11 de maio.

Investigação

A Operação Underground foi fruto de uma investigação que se iniciou no dia 29 de agosto de 2022, quando policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prenderam em flagrante Tiago Santos Silva, investigado por tráfico de drogas e homicídio.

Na investigação, foi identificado que o investigado Tiago operava um esquema criminoso, chefiado por Wilton Nogueira, conhecido como “Boy de Itabaiana”, comercializando – ilegalmente e em larga escala – armas de fogo, munições e acessórios. Verificou-se também que o grupo tinha forte atuação em Sergipe, Alagoas e Bahia, além de outros estados.

Conforme a apuração policial, o grupo fazia uso de armamento de grosso calibre, arregimentando servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com o objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, com a utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.

Segundo a investigação, os “anúncios” e “comercialização” dos materiais bélicos se davam, principalmente, através do aplicativo de mensagens WhatsApp, com troca de mensagens, imagens e vídeos dos objetos, negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações.

Ainda de acordo com a apuração policial, um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados cooptavam pessoas para adquirir, legalmente, armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.

por João Paulo Schneider

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